quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Limites e desatenções de Raquel Dodge

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não se deve culpar a Procuradora Geral da República (PGR) por todos os pecados da Lava Jato.

Por exemplo:

1, Livrou o governador paulista Geraldo Alckmin de uma denúncia por escutas ilegais nos presídios. Alckmin foi envolvido por ser o chefe maior, o governador do Estado. Forçaram a barra, obviamente.


2. Não endossou o pedido da Polícia Federal de quebra de sigilo bancário de Michel Temer.

Está certa, ela. Golpista, chefe de organização criminosa, ou qualquer outra qualificação que se lhe dê, o fato é que Temer é presidente da República. Permitir a quebra de sigilo bancário de um presidente da República é conferir um poder abusivo à PF.

Que fim levou o homem da mala do PSDB?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Tão rápido como entrou na semana passada, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, denunciado como o homem da mala dos governos do PSDB em São Paulo, desapareceu do noticiário.

Como as novas ações da Polícia Federal na caça aos corruptos deflagradas nos últimos dias passaram ao largo de tucanos, com exceção do governo do Paraná, o nome de Paulo Preto não surgiu em nenhuma operação da Lava Jato até agora.

O inquérito sobre peculato aberto pelo Ministério Público Federal para investigar Paulo Preto tramita na 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo, estado controlado pelo PSDB há mais de vinte anos, onde a Justiça parece não ter pressa para julgar e punir corruptos de alto calibre.

Mochila de crianças e helicóptero de Perrella

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

As fotos de soldados do exército revistando mochilas de crianças negras, no Rio de Janeiro, são o retrato escarrado do nosso país.

Especialmente se fizermos um paralelo com o helicóptero da família dos Perrella, tradicionais políticos da direita mineira, aliados históricos de Aécio Neves e tucanos em geral, apreendido em 2013 carregando 445kg de pasta base de cocaína – o que pode render em torno de 2.225kg de cocaína refinada.

Seriam necessárias 445 mochilas abarrotadas com 5kg de cocaína cada uma para chegar à quantidade encontrada no helicóptero. Os números, assim como as grotescas imagens, evidenciam o ridículo de um exército revistando crianças.

PSDB, Temer e as excelentíssimas gavetas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Seria uma impensável discriminação ter falado aqui do Doutor Gaveta, que advoga para os tucanos, fazendo serem esquecidas as investigações sobre o explosivo Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, e não fazer o registro que há gavetas superiores que ameaçam desbancar os mais lendários adormecedores de processo que já tiveram assento no Supremo Tribunal Federal.

A sua presidente, Cármen Lúcia, contra a vontade manifesta de vários ministros, sinaliza que não colocará o pedido de habeas-corpus do ex-presidente Lula em pauta, embora o próprio relator, Edson Fachin, tenha colocado o caso como pronto para ser julgado em plenário.

As simbologias da condenação de Lula

Por Guilherme Scalzilli, no site da Fundação Maurício Grabois:

Na época das mentiras transformadas em “pós-verdades”, era previsível que a condenação de Lula tivesse caráter mais narrativo do que propriamente jurídico. O regime da versão dos fatos é fechado na subjetividade, basta por si, enquanto o regime do factual é aberto ao escrutínio público e à contestação.

I.

O acórdão do TRF-4 que condenou Lula reúne duas narrativas fortes e complementares. De um lado, o retrospecto de eventos criminosos imputados ao réu, tecendo as delações e os indícios materiais em função de um raciocínio preestabelecido. De outro, o programa ético que permitiu à corte ignorar os desvios morais e legais usados na construção dessa retórica e na busca do objetivo prático de impedir a candidatura do petista.

O capitalismo em tempos de desigualdades

Por Carlos Silveira, no site Brasil Debate:

O tema da desigualdade, para muitos economistas, digamos ‘mainstream’, é um não tema. Não deveria fazer parte das preocupações desses especialistas ungidos à categoria de profetas do pensamento pelo Deus Mercado. Uns veem até uma séria ameaça à teoria econômica, como o Nobel da Teoria das Expectativas Racionais, Robert Lucas [1]. Outro, nosso autóctone, ridiculariza: “Desigualdade, para mim, é inveja” [2]. Outros ainda afirmam que problema é apenas a pobreza, não a desigualdade, até porque depois o bolo cresce e dá para todos [3], em versões da célebre frase com que Delfim Netto, em seus tempos de ministro da ditadura enunciou e, agora nega: primeiro vamos fazer o bolo crescer, depois o distribuímos.

Planalto em pânico; Cunha vai falar

Da revista Fórum:

De acordo com informações do Blog do Vicente, no Correio Braziliense, depois de muito prometer e não entregar nada de relevante, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba, enfim, resolveu abrir o bico e detalhar o esquema do qual fez parte. As denúncias envolvem gente graúda da República e desvios na Petrobras e na Caixa Econômica Federal. Há coisa pesada sendo entregue aos investigadores.

Lava-Jato e a violência institucionalizada

Por Jessé Souza, na revista CartaCapital:

George Orwell se torna cada vez mais atual na guerra ideológica movida e financiada pelo capitalismo financeiro internacional. A “novilíngua” a qual estamos submetidos hoje em dia existe para criar palavras que possibilitem amesquinhar a reflexão e impedir o pensamento.

Assim, o termo “austeridade” serve para redefinir e conferir grandeza moral ao assalto do orçamento para o pagamento dos juros de dívidas públicas, ao menos em grande medida, tudo indica, fraudulentas.

De resto, um sem número de palavras passam a ganhar espaço midiático, posto que permitam a colonização e a manipulação da dimensão moral a serviço da rapina da população.

Paulo Preto será socorrido por Gilmar Mendes

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Paulo Preto, o super-Geddel do PSDB que tem R$ 113 milhões de propinas escondidos em paraísos fiscais nas Bahamas, se movimenta para escapar da justiça, como faz todo tucano envolvido em escândalos.

Para desfrutar de foro privilegiado e gozar da impunidade eterna, o operador de propinas do PSDB se socorreu de Gilmar Mendes, o Posto Ipiranga do PSDB no STF.

General na Defesa e o tudo-ou-nada de Temer

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O fato da segunda-feira foi o general na Defesa. Pela primeira vez, desde que criado o ministério, seu titular será um militar – o pacato Joaquim Silva e Luna. Porém, este assume na condição de interino. Especula-se que “guarda lugar” para o verdadeiro escolhido de Temer: o sinistro Sérgio Etchegoyen, que trama de modo semi-aberto por uma intervenção militar.

Mas o general na Defesa foi apenas uma a mais, na sucessão frenética de “novidades” criadas por Michel Temer desde o início da intervenção no Rio, que ontem completou dez dias. Na sexta-feira (23/2), entrevistado por Datena, o presidente disparava, bombástico: “Se houver necessidade, os militares devem partir para o confronto”. E ainda ontem convocava, para a próxima quinta, uma incomum “reunião com todos os governadores, para falar sobre segurança pública”.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

DEM já discute desembarque do covil

Por Altamiro Borges

O desastre do “vampirão” Michel Temer, atestado em todas as pesquisas de opinião, está espantando os aliados de primeiro hora do golpe dos corruptos – ou, em termos mais populares, está afugentando os ratos do navio à deriva. Eles temem ser escorraçados nas eleições deste ano. Recentemente, o PSDB do “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin anunciou sua saída do covil golpista, apesar dos protestos do cambaleante Aécio Neves. Na prática, como já virou folclore, o partido manteve-se em cima do muro. Saiu, mas está dentro – apoiando a agenda regressiva do usurpador e mantendo no cargo o “sinistro” e sumido Aloysio Nunes. Agora, são os demos de Rodrigo Maia, o capacho dos patrões que preside a Câmara Federal, que ameaçam abandonar o “vampirão”.

Guru de Bolsonaro prega “privatizar tudo”

Por Altamiro Borges

Após ser aplaudido pelos abutres financeiros em um convescote em São Paulo, o fascistoide Jair Bolsonaro parece que decidiu ajustar o seu programa para as eleições presidenciais deste ano. Ele agora tenta combinar o conservadorismo na política e nos costumes – com sua defesa da ditadura e seu discurso hidrófobo de estímulo aos preconceitos – com uma agenda ultraliberal na economia. A mistura explosiva não é nova. O ditador chileno Augusto Pinochet é um exemplo clássico deste amálgama. Ele torturou, matou, reprimiu e censurou; e, ao mesmo tempo, acionou os “Chicago Boys” para implantar a primeira experiência de neoliberalismo selvagem no continente. Ideólogos neoliberais, como Friedrich Hayek e Milton Friedman, também sempre ensinaram aos seus súditos que a liberdade do “deus-mercado” deve se sobrepor à democracia.

Bretas vai arrombar tua porta às 6h00

Ação da PF contra Jaques Wagner é política

Foto: João Ramos
Por Robinson Almeida

1 - O inquérito que motivou o mandado de busca e apreensão é de 2013. Wagner foi ouvido como testemunha em 2017. Nunca foi intimado a depor ou responder perguntas.

2 - Depois de 5 anos, na boca da eleição, é deflagrada operação midiática, em que a TV Bahia, de Neto, chegou no local antes da Polícia Federal.

3 - Wagner, cotado pra ser o candidato a Presidente da República numa eventual interdição de Lula, virou bola da vez.

Empregos precários e mal remunerados

https://www.facebook.com/de.chargista/
Por Marize Muniz, no site Vermelho:

O Brasil está gerando mais empregos precários e mal remunerados, aponta Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgado nesta sexta-feira (23) pelo IBGE.

Em 2017, o número de trabalhadores e trabalhadoras sem carteira assinada, portanto, sem direito a férias e 13º salário, entre outros benefícios, aumentou 5,7% - o de trabalhadores formais caiu 2%.

Além de não terem direitos, os informais recebem, em média, 44% menos do que o trabalhador que tem carteira assinada.

Lula tem a paz na consciência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O país de 2018 é outro mas a reação de Lula é a mesma de 2006, quando o massacre da AP 470 se aproximava de seu gabinete no Planalto, estimulado por empresários, políticos e advogados que conspiravam por sua queda: "Manda dizer para a avenida Paulista que não vou fugir como Jango nem dar um tiro no peito como Getúlio".

No pronunciamento na Casa de Portugal, em 22 de janeiro, doze anos depois, Lula disse aos navegantes da mais profunda crise institucional que o país enfrenta desde 1964: "Não vou fugir, não vou me matar. Vou ficar aqui", disse.

Intervenção no RJ e a interrogação militar

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

Encalacrado pelo mais estrondoso fracasso de um “governo” desde Sarney, o consórcio golpista (rentistas, elites econômicas transnacionalizadas, setores majoritários do Poder Judiciário e do Congresso Nacional, Poder Executivo federal carcomido e grande Mídia) aposta tudo por sua sobrevivência, uma vez que não há um único aspecto ou setor que possa ser considerado exitoso após o golpe do impeachment.

Bolsonaro invade “praia” de Alckmin

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na última sexta-feira, Bolsonaro, que andou em viagem ao Japão tentando ganhar alguma credibilidade a despeito do seu discurso psicótico sobre segurança pública e direitos civis, deixou que espalhassem que, se eleito, colocará um desses economistas privateiros para vender até o ar que respiramos às corporações estrangeiras.

Trata-se do economista Paulo Guedes, que seria indicado por Bolsonaro como seu ministro da Fazenda caso o deputado se elegesse presidente da República.

Livro esmiúça papel da mídia no golpe

https://www.facebook.com/de.chargista/
Por Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual:

Está nas rotativas o segundo volume da Enciclopédia do Golpe. O primeiro foi lançado em novembro. E tratou em diversos artigos e diferentes abordagens de como integrantes do sistema de Justiça, da República de Curitiba às cortes superiores, serviram de alavanca para a deposição da presidenta Dilma Rousseff. E para botar em seu lugar executores de planos de governo que a população brasileira rejeitou sucessivamente nas urnas em todas as eleições presidenciais deste século.

O segundo volume (Editora Praxis) tem como subtítulo O Papel da Mídia, e traz em artigos, ou “verbetes”, métodos, técnicas e estratégias que fizeram dos donos dos meios de comunicação outro alicerce fundamental do golpe de 2016.

Lava Jato não vai investigar o Judiciário

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Veja publicou a notícia de que a Lava Jato do Rio estava atingindo um “novo patamar” se aproximando do Judiciário.

A Operação Jabuti, que levou à prisão do presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, reuniu documentos mostrando “o pagamento de honorário milionários a escritório de advocacia do Rio”, diz a revista.

Segue:

A encruzilhada da Lava-Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – Odebrecht e o fruto da árvore envenenada

O laudo técnico da Polícia Federal sobre o Drousy liquida com as provas apresentadas nas delações da Odebrecht, a ponto de comprometer todas as denúncias e condenações tendo por base os arquivos.

Leia: “Xadrez sobre a falsificação de documentos na Lava Jato”.

Em direito, existe a figura do fruto da árvore envenenada. São transgressões legais que anulam inquéritos inteiros. Na Operação Satiagraha, Daniel Dantas conseguiu anular as provas contidas nos HDs encontrados em sua casa com o argumento de que a autorização de busca era restrita a determinado andar e os equipamentos estavam em outro.

“Guerra contra bandidos”! Quais bandidos?

Por Theófilo Rodrigues, no blog Cafezinho:

Na manhã deste domingo desfilou pelas ruas da zona sul do Rio de Janeiro uma passeata um pouco diferente das que a cidade está acostumada a assistir. Com cerca de 300 manifestantes, o protesto seguiu até a sede do governo do estado em Laranjeiras para reivindicar do poder público mais investimentos em segurança nos bairros da região.

O pedido é inusitado, para não dizer injusto. Pesquisas e mais pesquisas já apontaram por diversas vezes que o efetivo policial na zona sul, a mais rica área da cidade, é bem maior que o do restante do estado. Regiões mais populosas e carentes de serviços públicos não recebem tanta atenção da segurança pública quanto os bairros da zona sul carioca. Reivindicar por maior concentração de recursos na região seria, portanto, apostar na ampliação da desigualdade na cidade.

Aberto o leilão de deputados. Quem dá mais?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Nos últimos tempos, o pensamento único nacional nos vendeu a ideia de que nestas eleições, depois da Lava Jato, tudo iria ser diferente.

Viria aí uma grande renovação do Congresso Nacional, uma verdadeira limpeza promovida pelo voto.

Quem acreditou nisso pode ir tirando o cavalinho da chuva.

Em reportagem de Ranier Bragon e Camila Matoso, a Folha deste domingo denuncia como está funcionando o balcão de negociações de compra e venda de deputados que ocorrem até durante as sessões da Câmara.

Bolsonaro e os selvagens do “mercado”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não se pode acusar de incoerente o senhor Jair Bolsonaro.

Como ele defende a lei da selva na vida social, onde mata quem pode, morre quem não tem saída, é compreensível que seu “guru” econômico se apresente, como faz na Folha, para o papel de gerente da liquidação “queima total” do Estado brasileiro.

A entrevista do “economista” Paulo Guedes, hoje, é de um primarismo que rivaliza com o de seu chefe.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Janela partidária instala balcão de negócios

Por Altamiro Borges

O processo de desmoralização da política e dos partidos terá um novo capítulo a partir de 7 de março. A chamada “janela partidária”, aprovada em 2016, deverá promover um pornográfico troca-troca de siglas dos atuais parlamentares, em um desmoralizante balcão de negócios. Segundo matéria do Jornal do Brasil, publicada neste sábado (24), o clima é de negociatas milionárias em Brasília. “Com a proximidade do início do período permitido para a mudança, os legendas intensificaram as negociações para atrair novos deputados e aumentar as chances de eleger uma bancada maior na Câmara em outubro. A principal moeda de troca usada pelos partidos tem sido o dinheiro público que bancará as campanhas. Além do fundo eleitoral, estimado em R$ 1,7 bilhão, mais R$ 888 milhões do Fundo Partidário poderão ser distribuídos aos candidatos”.

Maia e Meirelles vão peitar Temer?

Por Altamiro Borges

Henrique Meirelles, o jagunço dos rentistas no covil golpista, e Rodrigo Maia, o capacho dos patrões na Câmara Federal, não escondiam mais de ninguém o desejo de representar as forças de direita – que a mídia chapa-branca apelidou de “centro” – nas eleições presidenciais deste ano. Mas a decisão voluntarista de Michel Temer de decretar a intervenção militar no Rio de Janeiro parece que bagunçou seus planos. Até o publicitário do “vampirão” já confessou que a operação midiática visa elevar seus índices de popularidade e garantir sua presença na corrida presidencial. Atropelados pelo chefão, que adotou a pauta da segurança para fugir das críticas ao caos na economia, Rodrigo Maia e Henrique Meirelles agora ameaçam se rebelar.

26,3 milhões sem emprego. Mídia abafa!

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou “a taxa composta de subutilização da força de trabalho” no quarto trimestre de 2017. Em termos mais simples, menos herméticos e tecnocráticos, o órgão anunciou o número total de desempregados no período. Os dados são assustadores. A sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) revelou que 26,3 milhões de trabalhadores encontravam-se sem emprego – na rua da amargura. O índice de desocupação no acumulado do ano foi de 23,8%. Ou seja, faltou trabalho, em média, para 26,5 milhões de pessoas em 2017.

Farsa da Lava Jato para condenar Lula

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A farsa da Lava Jato para condenar Lula pela segunda vez é ainda mais grotesca que a farsa consumada no tribunal de exceção da Operação em 24 de janeiro passado.

Na sexta-feira 23/2, a Lava Jato passou para seus porta-vozes da mídia dominante uma interpretação manipulada do laudo parcial que a PF realizou nos sistemas de propinas Drousys e My Web Day.

O Estado de SP, numa reportagem vil publicada domingo, 25/2, apressou-se em sentenciar que “Laudo do Drousys aprofunda dados contra Lula no caso do terreno e não mostra nulidade de prova”.


Internet será o tema central do FNDC

Do site do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), uma rede que articula mais de 500 organizações da sociedade civil em todo o país, vai promover sua 21ª Plenária Nacional nos dias 13, 14 e 15 de abril, em São Paulo (SP). Com o tema "Mídia e Internet: liberdade de expressão para a garantia de direitos", a Plenária deve reunir cerca de 120 participantes, entre delegados, observadores e convidados, com o objetivo de aprovar um novo plano de ação para o movimento de comunicação e ainda eleger a próxima gestão da Coordenação Executiva e do Conselho Deliberativo do Fórum para o biênio 2018/2020.

MBL tenta esconder parceiro criminoso

Por Gustavo Aranda, Maria Lucia Erwin e Vinicius Segalla, no site Jornalistas Livres:

Renato Oliveira, ex-subsecretário de comunicação de Embu das Artes (SP) e líder do MBL até, pelo menos, dezembro de 2016, comandou esquemas de marketing piramidal – prática ilegal – e, após se ver envolvido em atentado contra um jornalista na Grande São Paulo, está tendo sua participação da liderança do Movimento Brasil Livre apagada da história.

Desde a última terça-feira (20), o grupo apagou diversas postagens nas redes sociais da entidade em que Oliveira era protagonista. Em nota publicada no mesmo dia, o MBL minimizou a influência do ex-subsecretário no Movimento ao longo dos últimos anos. Renato foi indiciado pela polícia por lesão corporal grave, após perseguir e jogar o carro contra o chargista Gabriel Binho, deixando o local sem prestar socorro.

Razões do conservadorismo da classe média

Por Tomás Rigoletto Pernías, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Numa pesquisa sobre a intenção de votos para Presidente da República realizada pelo Instituto Datafolha, ainda em 2016, o deputado Jair Bolsonaro figurava como a escolha preferida da parcela mais rica da população. Igualmente, uma pesquisa feita em novembro de 2017 trouxe resultados alarmantes: o deputado Bolsonaro, que aparece em segundo lugar em quase todos os cenários simulados, disputaria o 2º turno se a eleição fosse hoje. A pesquisa mais recente do Instituto Datafolha, de janeiro de 2018, por sua vez, também apresentou resultados desalentadores: Bolsonaro mantém o 2º lugar na disputa e assume a liderança num cenário sem o ex-presidente Lula. O dado mais interessante das três pesquisas mencionadas, todavia, é o fato de que o deputado Bolsonaro figura como umas das escolhas preferidas dos segmentos mais ricos e com o maior nível de escolaridade.

O pano de fundo da intervenção no RJ

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Em condições normais, um político que é o mais impopular a ocupar seu cargo em 30 anos, esperaria o fim do mandato para deixar a vida pública discretamente e não prejudicar ainda mais sua biografia. Se essa figura precisasse de foro privilegiado para fugir da cadeia seria razoável supor, no entanto, que ela lutasse para se manter viva politicamente. Este é o caso de Michel Temer.

Uma leitura atenta do noticiário somada a fatos recentes deixa evidente que a intervenção federal no Rio de Janeiro não passa de uma tentativa de Temer sobreviver politicamente.

Dieese: economia chegou ao fundo do poço

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

O último Boletim de Conjuntura do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) reforça a análise de que a previsão de recuperação da economia brasileira não inspira otimismo.

Segundo o documento, se “analistas mais otimistas enfatizam o fim da recessão, aqueles mais pessimistas afirmam que os indicadores de retomada ocorrem sobre uma base de comparação altamente deprimida”. Os analistas mais pessimistas, segundo a publicação, enfatizam que a economia chegou ao fundo do poço mas continua se movendo muito perto dele, sem indícios de uma recuperação consolidada.

Colunistas da Globo receberam da Fecomércio

Do blog Viomundo:

Os telejornais noturnos seguiram o roteiro desenhado pela Lava Jato: tudo sobre os R$ 68 milhões recebidos pelo escritório de Roberto Teixeira, (leia aqui a nota divulgada pelo escritório) nada sobre os pagamentos feitos pela Fecomércio a jornalistas da Globo.

O presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, foi preso em operação da Lava Jato.

No passado, ele foi acusado de torrar dinheiro da entidade em palestras que fugiam à finalidade da instituição.

Pagou, por exemplo, R$ 375 mil a Merval Pereira, o colunista mor da Globo.

Trabalhador sem carteira ganha 44% a menos

Do site Vermelho:

Dados da pesquisa Pnad Contínua, divulgados nesta sexta-feira, 23, pelo IBGE, mostram que o trabalhador que não têm carteira assinada recebe, em média, 44% menos que o trabalhador formal.

Segundo a pesquisa, no 4° trimestre de 2017 a média de rendimento mensal do trabalhador com carteira assinada no país era de R$ 2.090. Já os empregados sem carteira assinada tiveram rendimento médio de R$ 1.179. No mesmo trimestre do ano anterior, a distância entre o valor pago (já descontada a inflação) era menor, de 40,5% ou R$ 818.

"Solução" de Trump para massacre em escolas

Do blog Socialista Morena:

“A história mostra que os tiroteios nas escolas duram 3 minutos. A polícia e os primeiros socorros demoram aproximadamente de 5 a 8 minutos para chegar ao local do crime. Professores/instrutores altamente treinados, adeptos das armas, resolveriam o problema instantaneamente antes de a polícia chegar. Um grande impedimento!”, disse o presidente dos EUA, o direitista Donald Trump, sobre a “solução” que imaginou para os massacres que acontecem nas escolas de seu país envolvendo adolescentes.

Ministério Público e distorções da Lava-Jato

Por Afrânio Silva Jardim, no site Carta Maior:

Inicialmente, é preciso deixar bem claro que estou me referindo a uma pequena parcela do Ministério Público, o qual vejo como uma importante instituição do Estado moderno.

Pertenci aos quadros do Ministério Público de meu Estado por 31 anos e disso me orgulho muito. Entretanto, um corporativismo extremado faz com que a maioria dos membros do Parquet fique silente diante de alguns exageros persecutórios e até associações de classe hipotequem solidariedade a práticas irregulares abaixo apontadas, julgando estar fazendo bem para a instituição. Este corporativismo exagerado só prejudica a Instituição.

Justiça cozinha caso PSDB-Paulo Preto

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na reta final da campanha eleitoral de 2010, o então candidato José Serra sofreu denúncias contra si envolvendo o ex-diretor da Dersa Paulo Preto – que está sendo acusado de ter R$ 113 milhões em contas secretas na Suíça que seriam produto de propinas envolvendo os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. O escândalo cumpre o 8º aniversário em 2018 sem que, jamais, Ministério Público, Justiça ou mesmo a imprensa tenham dedicado atenção ao caso. E o assunto só voltou à tona porque autoridades suíças cobraram alguma ação do sistema de Justiça brasileiro.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Greve dos juízes provoca vergonha alheia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Nos anos 90, época em que o Detran do estado do Rio de Janeiro era sinônimo de ineficiência na prestação de serviços à população, além de ser um antro de roubalheira, seus funcionários deflagraram uma greve por tempo indeterminado.

Quando a paralisação já durava mais de 30 dias, um colunista do antigo Jornal do Brasil, se não me engano o Maurício Dias, então editor do Informe JB, saiu-se com esta pérola : “Acho bom os funcionários do Detran voltarem ao trabalho antes que todo mundo perceba que eles não fazem falta alguma.”

MPF manda PF investigar dono da Jovem Pan

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Ministério Público Federal determinou à Polícia Federal que abra inquérito para apurar a denúncia contra Antônio Augusto do Amaral Filho, o Tutinha, dono da Jovem Pan e do Pânico, pelos crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A denúncia envolve também três filhos adultos de Tutinha e a prima dele, Maria Alice Carvalho Monteiro de Gouvêa, que seria responsável pelo envio de recursos ao exterior de maneira a dissimular o nome de Tutinha.

As ilegalidades na intervenção no Rio

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Quatro Procuradores Federais de Direitos do Cidadão, liderados pela Procuradora Federal Deborah Duprat, se colocaram contra a intervenção federal no Rio de Janeiro.

Diz a Nota Técnica Conjunta no. 01/2018:

A intervenção é um mecanismo clássico do federalismo e conta com disciplina expressa na Constituição brasileira. Como tal, sujeita-se, desde a sua concepção até a sua execução, a modalidades de controle político, judicial e social.


O poder enlouqueceu a turma de Temer?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Começou com o marqueteiro de Temer dizendo que este “já é candidato” e que “Se der certo, até o vampirão da Tuiuti pode virar um atributo positivo. Vampirar pode passar a ser transformar, revolucionar”. Temer está bem arranjado no quesito marketing, não?

Depois foi Eliseu Padilha, fiel escudeiro de Temer, a afirmar que o Vampirão pode tentar a reeleição: “não tem ninguém que defenda melhor o governo Temer do que o presidente”. De fato.

Romero Jucá – “com o Supremo, com tudo” – juntou-se ao coro e afirmou que Temer é uma opção do (P)MDB para concorrer a presidência.

Guerra do Rio é só contra os favelados?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em tempo: na entrevista à BandNews hoje, em Brasília, o presidente Michel Temer falou a José Luiz Datena sobre o que podemos esperar daqui para a frente:

“Não sei se vai haver confronto, mas, se houver confronto entre o marginal, o bandido armado, dando tiro, o militar não vai se deixar matar, não vai deixar a segurança ficar impune, não vai. Se houver necessidade, ele parte para o confronto”.


***

A guerra declarada pelo governo brasileiro ao crime organizado no Rio de Janeiro mostrou até agora que tem um alvo prioritário: as 700 favelas da cidade onde vivem 1,1 milhão de cariocas.

Temer está certo: intervenção foi “jogada”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer disse hoje que a intervenção na segurança do Rio de Janeiro “é uma jogada de mestre, mas nada eleitoral”.

E afirmou que “”em política, as circunstâncias é que ditam a conduta. E as atuais mostram que não sou candidato. Eu não serei candidato”.

Pena ter “morrido”, há mais de dez anos, a Velhinha de Taubaté, o personagem do Luís Fernando Veríssimo que era, segundo ele, “a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo”.

Enciclopédia analisa papel da mídia no golpe

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

A produção de conhecimento sobre o golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2016 deve ganhar, no próximo mês, mais uma contribuição. Escrita por jornalistas e outros especialistas, a "Enciclopédia do Golpe – Volume 2" surge no cenário para lançar luz mais especificamente sobre o papel da grande mídia no processo de avanço conservador e de deterioração de direitos que caracteriza atualmente o país. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, a jornalista Maria Inês Nassif, umas das organizadoras da obra, aborda as preocupações dos especialistas com o tema. Confira a seguir os principais trechos.

Intervenção militar desloca Bolsonaro

Da Rede Brasil Atual:

Com a experiência de ter sido coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do estado do Rio de Janeiro (1999/2000) e secretário nacional de Segurança Pública (2003), Luiz Eduardo Soares dedica há tempos boa parte da sua vida profissional a um tema tão espinhoso quanto importante e com forte apelo junto à sociedade brasileira.

Com a intervenção militar no Rio de Janeiro posta em prática pelo governo de Michel Temer, o autor de mais de 20 livros, entre romances, dramaturgia e gestão pública, faz uma original análise do que está em jogo neste momento do país.

"Jornalismo profissional" debate suas regras

Por Gabriel Priolli, no blog Nocaute:

Manuais de redação e seminários empresariais de jornalismo contribuem pouco para aprimorar as práticas da atividade, mas têm outras utilidades indiscutíveis.

Servem para polir a autoimagem que o oligopólio da mídia cultua e para transmitir aos cidadãos a ideia de que o jornalismo seria um inesgotável poço de virtudes, se praticado como as grandes empresas do ramo recomendam – e não praticam.

Servem também para que fontes e personagens do noticiário exercitem o beija-mão aos senhores da mídia, sempre tutores do poder no Brasil, dizendo o que eles gostariam de ouvir, ou fazendo críticas pontuais a que eles não darão ouvido.

Nova pauta de Temer tem tudo para fracassar

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Entre os analistas mais sérios, ficou claro desde os primeiros momentos que a intervenção militar no Rio não guarda qualquer relação com a necessidade de oferecer mais segurança à população. Luiz Eduardo Soares, que foi secretário nacional de Segurança Pública, escreveu sobre isso um artigo lapidar: “De que modo uma ocupação militar resolveria questões cujo enfrentamento exige investigação profunda e atuação nas fronteiras do estado, além de reformas institucionais radicais e grandes investimentos sociais? Os próprios militares sabem que não podem nem lhes cabe resolver o problema da insegurança pública.”

Estaria a corrupção brasileira em queda?

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

Como a “luta incansável” contra corrupção saiu das ruas, mas não das manchetes, e como os protagonistas da Lava Jato ainda ocupam lugar de destaque na imprensa tradicional, seria plausível esperar que os índices do Brasil tivessem melhorado muito, não é mesmo?

A organização Transparência Internacional divulgou ontem (21/2) sua classificação de percepção de corrupção em 180 países para o ano de 2017. O Índice de Percepção de Corrupção é uma nota que vai de 0 (maior percepção de corrupção) a 100 (menor percepção de corrupção). São fontes de dados para construção do índice instituições como o Banco Mundial, o Instituto Gallup, o Fórum Econômico Social, as unidades de economia da revista The Economist e do jornal Wall Street Journal, dentre outras. Essas fontes conferem ao índice indiscutível viés da finança internacional.

Os 113 milhões de Paulo Preto ameaçam PSDB?

Da revista CartaCapital:

Apontado como operador do PSDB de São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, chegou a ter 113 milhões de reais em quatro contas na Suíça em 2016. A revelação foi feita por integrantes do Ministério Público do país europeu, que compartilharam espontaneamente a descoberta com as autoridades brasileiras.

A existência de contas em nome do ex-diretor da Dersa, órgão paulista responsável por obras rodoviárias do estado, não é uma novidade. O fato novo são os valores movimentados, que podem favorecer uma delação de Vieira de Souza sobre sua relação com o PSDB paulista no âmbito da Lava Jato.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Arthur Virgílio detona “fraude” do PSDB

Por Altamiro Borges

Geraldo Alckmin, o “picolé de chuchu” que governa São Paulo e que já foi abençoado por setores da cloaca empresarial e da mídia chapa-branca como o candidato preferencial para as eleições presidenciais deste ano, não está conseguindo unir nem o seu próprio partido. A guerra no ninho é cada dia mais sangrenta. Nesta sexta-feira (23), o tresloucado Arthur Virgílio, prefeito de Manaus, detonou as prévias do PSDB que deveriam definir o postulante da sigla à sucessão. Magoado e irado, ele qualificou o processo partidário de “fraude” e já avisou que não participará da campanha tucana.