quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Gentili e Bolsonaro, os misóginos punidos

Por Altamiro Borges

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o “humorista” Danilo Gentili têm vários pontos em comum. Foram participantes ativos da cavalgada golpista que depôs Dilma Rousseff e levou ao poder a quadrilha de Michel Temer. Eles também comungam de várias ideias fascistas, destilando ódio e preconceito em seus respectivos palanques – no parlamento e na mídia. Ambos são racistas, homofóbicos e misóginos – têm aversão às mulheres. Agora, felizmente, eles têm outra coisa em comum. Os dois acabam de ser derrotados pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), uma das principais vítimas destes dois seres patéticos.

Globo demite colunista por criticar a PF

Por Gustavo Aranda, no site Jornalistas Livres:

Depois de fazer duras críticas à Polícia Federal e ao governo de Michel Temer em sua coluna semanal em O Globo, o economista Paulo Nogueira Batista Jr. ouviu do departamento de RH do jornal que, devido à linha editorial seguida pelo autor, o jornal deixaria de publicar sua coluna. Na publicação ele denunciava outra perseguição do governo Michel Temer, dando nomes aos bois inclusive, que o destituiu de forma traiçoeira do cargo de Vice-Presidente do Banco de Desenvolvimento dos Brics, o qual ajudou a fundar, e depois de servir ao Brasil por mais de 10 anos como representante junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

Pressa contra Lula deixa eleição sub judice

Foto: Ricardo Stuckert
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Numa palestra que fiz no final do mês passado sobre cenários para 2018, previ que o pior dos mundos seria termos uma campanha presidencial sub judice, algo que não me lembro de já ter acontecido.

Os fatos dos últimos dias mostram que caminhamos para isso, tal a pressa da Justiça para condenar logo Lula em segunda instância, batendo todos os recordes processuais no Tribunal Federal Regional da 4ª Região, em Porto Alegre, que já marcou o julgamento para o dia 24 de janeiro.

O juiz federal Leandro Paulsen, que é o revisor do voto do relator João Pedro Gebran Neto, levou apenas seis dias úteis para comunicar que o processo já poderia entrar em pauta.

A luta de classes na era do Uber

Por Marco Antonio Gonsales de Oliveira, Rodrigo Bombonati de Souza Moraes e Rogério de Souza, no site Outras Palavras:

No início do século XX, a Ford inovou as relações de trabalho ao implementar salários melhores e controle ideológico: um modo de produção que combinava a gerência racional e científica aliada a um sistema de remuneração mais agressivo, oferecendo salários acima da média e um conjunto de benefícios até então desconhecidos do mundo industrial.

Uma das expectativas do fundador era que os próprios trabalhadores pudessem comprar os veículos que produziam. Além disso, esses trabalhadores precisavam seguir o perfil desejado pela empresa, o modelo subjetivo proposto por ela. Para tanto, os funcionários da Ford Motor Company deveriam comprovar que seguiam um estilo de vida condizente com a empresa e aprovado por um departamento especializado que examinaria a vida privada dos trabalhadores, impondo valores como fidelidade conjugal, estabilidade familiar e emocional, repulsa ao álcool e à vida boêmia, apego à religião e ao patriotismo.

Lula e a quintessência do regime de exceção

Expocatadores, Brasília, 13/12/17. Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola

A decisão de acelerar o julgamento do ex-presidente Lula em segunda instância é a quintessência do regime de exceção e do terrorismo jurídico instalado no Brasil.

O julgamento do Lula terá um trâmite totalmente excepcional, muito mais rápido que o ritmo normal de julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região [TRF4], que em média consome 14,5 meses para proferir sentenças de segunda instância.

O ex-presidente Lula, todavia, será julgado no tempo recorde de apenas 5 meses. É uma decisão arbitrária que tem motivação exclusivamente política.

EUA ameaçam a liberdade na internet

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

A internet permite, ao menos em tese, que qualquer pessoa possa acessar conteúdos disponíveis na web. A maneira como a rede mundial de computadores é estruturada não permite discriminação com relação aos sites que são acessados ou à linha política que eles adotam.

Esse cenário, no entanto, está ameaçado e pode mudar drasticamente a partir da decisão que a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos, FCC na sigla em inglês, vai tomar nesta quinta-feira (14).

TRF-4 se assume como tribunal de exceção

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão e o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco estranham a celeridade com que a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) dá andamento ao julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e questionam também outros aspectos do caso. A corte sediada em Porto Alegre marcou o julgamento para 24 de janeiro.

“A Lava Jato está inaugurando a justiça a Jato, uma justiça seletiva. O tribunal desrespeita a ordem de distribuição dos processos e passa esse processo na frente. Isso mostra que a corte se assume como um tribunal de exceção, na medida em que exatamente trata esse como um caso excepcional. Estão julgando pelo nome do réu. Isso demonstra suspeição do tribunal”, diz Pacheco, que foi advogado do ex-presidente do PT José Genoino na Ação Penal 470, o “mensalão”.

Bitcoin, a volta da bolha assassina

Por Antonio Luiz M.C. Costa, na revista CartaCapital:

Em uma quinzena de especulação desvairada, a cotação da Bitcoin disparou de 6 mil dólares (em 13 de novembro) para mais de 11 mil (em 29 de novembro). A notícia é tanto mais alarmante quando se considera seu valor intrínseco, absolutamente nulo.

Um título de uma sociedade anônima embute a expectativa de receber juros ou dividendos. Uma moeda fiduciária, o compromisso de um governo de aceitá-la em pagamento de impostos e outras obrigações.

MBL é um grande escândalo da era Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 2019, quando o Brasil estiver livre de Michel Temer e desse Congresso mafioso que o sustenta, os escândalos de seu governo, que esses asseclas parlamentares não deixam investigar, vão estourar todos de uma vez.

Seria difícil enumerar quanto dinheiro público Temer está torrando para atender as demandas dos grupos econômicos que mandam seus deputados e senadores comprados defender esse governo ilegítimo, mas é possível enumerar um desses escândalos que é mais evidente.

Previdência: Jucá aperta botão do pânico

Do site Vermelho:

A realidade atropelou o governo Michel Temer que, diante da falta de votos, se vê impossibilitado de aprovar a reforma da Previdência. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apertou o botão do pânico e jogou a toalha ao afirmar, nesta quarta-feira (13), que a votação ocorrerá somente em fevereiro de 2018.

A afirmação de Jucá, braço direito de Temer no Congresso, aumentou o desgaste e evidenciou a fraqueza do governo em aprovar a pauta. O Planalto tentou apagar o incêndio com uma nota afirmando que Temer ainda não definiu a data de votação e só o fará após conversar com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Resistência por Lula deve crescer agora

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ninguém tem o direito de manifestar surpresa diante da decisão do TRF-4, de marcar o julgamento da primeira ação de Sérgio Moro contra Lula para 24 de janeiro. Sabemos que a única decisão legítima seria simplesmente recusar a denúncia, pela absoluta falta de provas contra o réu - pois sequer se demonstra que Lula é o dono do apartamento que teria recebido como propina. Mas sabemos que, no Brasil de 2017, véspera de uma campanha presidencial na qual a presença de Lula é o primeiro caminho para a revogação do Estado de exceção em que o país se encontra, essa possibilidade está fora de cogitação.

Reforma trabalhista e os juízes sádicos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No UOL, o caso extraordinário - e que, agora será mais um ordinário, a repetir-se mil vezes - da bancária de Volta Redonda condenada a pagar R$ 67 mil ao Banco Itaú por ter sido demitida e procurado a Justiça do Trabalho (antes da nova lei) pedindo o que lhe considerava devido.

Estipulou o valor da causa em R$ 40 mil, o que autorizaria o juiz a mandar pagar indenização neste valor, caso fosse vencedora.