domingo, 26 de novembro de 2017

Marun, o jagunço de Cunha e Temer, dançou?

Por Altamiro Borges

No show de horrores que castiga o país, com golpes e retrocessos inimagináveis no passado, algumas figuras grotescas se projetam no lodaçal político e ganham os holofotes da mídia. Um deles é o deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul. Antes inexpressivo e medíocre, ele agora virou um astro em Brasília. Na votação da segunda denúncia contra Michel Temer por formação de quadrilha e obstrução da Justiça, ele até ensaiou uma dancinha em frente às câmeras de tevê. Devido aos serviços prestados, na semana passada o parlamentar foi cotado para assumir o cargo de ministro da Articulação Política – no lugar do desgastado tucano Antonio Imbassahy. O anúncio só não se confirmou porque gerou ainda maiores atritos no covil golpista. A máfia não se entende!

Temer e os escravos do final de semana

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O anúncio está aí, no jornal, bem nítido, incontestável.

Falta mostrar a conta da reforma trabalhista de Michel Temer.

Cinco horas, aos sábados e domingos – em geral, 9 dias por mês- a R$ 4,45 a hora, cinco horas por dia.

Salário mensal de R$ 200,25.

Menos de um quarto do salário mínimo que se ganha com 22,5 dias úteis do mês corrido.

O antipetismo não paga as contas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde que começaram os eventos que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff, os que pretendiam ocupar o lugar dos políticos petistas então caídos em desgraça adotaram uma fórmula única para “justificar” de atos de corrupção a fracassos administrativos, bem como medidas antipopulares e, portanto, impopulares: discursos contra o PT.

O mais curioso é que, ao mesmo tempo em que sabem que medidas como reforma trabalhista, terceirização e redução drástica de programas sociais são medidas que se tornaram altamente impopulares, os políticos tucanos e peemedebistas – a começar por Michel Temer – desencadeiam campanhas publicitárias para tentar fazer a população aceitar aquilo que não quer.

Direita perdeu Huck e teme Lula

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Procurando, a todo custo, evitar que a campanha de 2018 se transforme num plebiscito sobre as reformas que jogaram os direitos do povo no lixo e colocaram a soberania do país num abismo, com a desistência de Luciano Huck as forças que organizam o continuísmo camuflado de Michel Temer ficaram privadas de uma candidatura sem as mãos sujas pelo golpe que afastou Dilma e abriu as portas para uma etapa especialmente nefasta da história brasileira.

Raquel Dodge não vai investigar a Globo

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A decisão da procuradora geral Raquel Dodge de encaminhar a denúncia contra a Globo por corrupção tem tudo para não dar em nada. Lembra o que aconteceu em 2014, quando um grupo de blogueiros, com o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e o Mega Cidadania à frente, foi ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e entregou uma representação com 25 páginas do processo da Receita Federal em que os donos da TV Globo são responsabilizados pela prática de crime contra a ordem tributária.

O procurador recebeu os documentos e encaminhou para a Polícia Federal, que abriu inquérito. “Tinha grande esperança de que o crime fosse, finalmente, apurado, em razão da independência do Ministério Público”, diz Alexandre César Costa Teixeira, autor do blog Mega Cidadania.

Reforma trabalhista: 'uberização' do trabalho

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

As recentes mudanças na legislação trabalhista vão ampliar um processo de "uberização" do mercado de trabalho, ou seja, um novo estágio de exploração, focado no enaltecimento do trabalho autônomo e com pouca cobertura de direitos sociais. Esta é a avaliação da pesquisadora Ludmila Costhek Abílio, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Segundo ela, o processo de precarização tomou visibilidade com a empresa estadunidense Uber, que divulgou recentemente ter 500 mil motoristas no Brasil. No entanto, ela pontua que o processo de precarização não é recente e nem começa com as plataformas digitais.

Direita segue em busca do seu candidato

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

De olho em 2018, os grupos que se posicionam à direita no espectro político seguem em busca de um candidato que seja capaz de vencer as eleições e derrotar, desta vez nas urnas, o PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o campo democrático-popular. Com o naufrágio da candidatura do prefeito de São Paulo João Dória (PSDB-SP), e o esfacelamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) perante a opinião pública, os nomes que disputam o posto de escolhido pelo centro e a direita nesse cenário de fragmentação são o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o deputado de extrema-direita Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e a ex-ministra Marina Silva (Rede-AC). Correm por fora as possíveis candidaturas do ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD-SP), do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (Sem partido) e do apresentador da Rede Globo Luciano Huck (Sem partido) .

A reforma dos banqueiros contra o povo

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

De todas as crueldades impostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, a reforma da previdência sempre pareceu a mais difícil de ser concretizada. A rejeição popular sempre foi enorme e o governo não conta com o mesmo apoio maciço do congresso como em votações anteriores. Diante das dificuldades, foram feitas algumas mudanças no texto, mas nada a ponto de alterar a essência devastadora dos direitos previdenciários. Preocupado com a ameaça do PSDB abandonar a barca furada governista, Temer convidou o nobilíssimo senador Aécio Neves para fazer a articulação e conseguir mais votos a favor da reforma. Não havia nome mais adequado para comandar este ataque aos aposentados.

Lava-Jato força delação contra Lulinha

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

A Folha de S. Paulo deste domingo (26) prova que os procuradores de Curitiba não pensam em dar sossego ao ex-presidente Lula e família tão cedo. O título da reportagem, "Lava Jato pressiona Andrade Gutierrez a delatar filho de Lula", expõe a criação à fórceps de um escândalo sobre a Gamecorp. E a teoria da turma de Deltan Dallagnol não poderia ser mais curiosa: como a Andrade Gutierrez é uma empreiteira íntima de Aécio Neves - a ponto de pegar propina nas obras da Cidade Administrativa - decidiu comprar o filho de Lula para ter acesso à cúpula do PT.

O discurso de ódio envenena o Brasil

Por Xosé Hermida, no site Carta Maior:

“Artistas e feministas fomentam a pedofilia”. “El ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – responsável pelo maior programa de privatizações da história do Brasil – e o multimilionário húngaro-estadunidense George Soros patrocinam o comunismo”. “As escolas públicas, universidades e meios de comunicação foram dominados por uma `patrulha ideológica´ de inspiração bolivariana”. Inclusive “o nazismo nasceu da esquerda”. Bem-vindos ao Brasil da segunda década do Século XXI, um país onde um candidato a presidente que faz apologia pública da tortura e faz alarde de sua homofobia tem 20% das intenções de voto para as próximas presidenciais.

Basta de intermediários: Marinho presidente!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O notável colonista da Globo Overseas Lauro Jardim diz que o Luciano Huck vai anunciar numa "coletiva" nessa segunda-feira 27/XI que não é candidato a Presidente!

Agora, sim, é oficial: a Globo derrubou a candidatura daquele que o Farol de Alexandria tanto elogiou!

(Não deixe de ouvir a Rádio Navalha sobre o papel da Feiticeira e da Tiazinha nessa patriótica desistência.)

Huck desistiu da eleição? Mídia fica órfã!

Por Altamiro Borges

Em uma notinha lacônica, o jornal O Globo deste domingo (26) garante: “Luciano Huck não será candidato à Presidência, e amanhã anuncia oficialmente que está fora do páreo de 2018 numa entrevista em São Paulo”. A informação, que pode ser mais uma jogada de marketing do criador da “Tiazinha”, da “Feiticeira” e de outras aberrações midiáticas, deixa órfãos os donos de vários veículos de comunicação. Nos últimos dias, no esforço para criar um candidato-fantoche, o Estadão fraudou uma pesquisa sobre a alta popularidade do presidenciável da TV Globo. Já a revista “QuantoÉ” (IstoÉ) estampou na capa da edição desta semana: “O incrível Huck”. Merval Pereira, Eliane Cantanhêde e outros “calunistas” também obraram textos com fartos elogios à “novidade” na política.