segunda-feira, 8 de maio de 2017

Marketing e mídia escondem falhas de Doria

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Um governo fake. Essa é a definição dada por debatedores aos primeiros 100 dias de João Dória Junior à frente da Prefeitura de São Paulo. Em bate-papo na sexta-feira (5), na sede do Barão de Itararé, a ex-vice prefeita Nádia Campeão (PCdoB), o vereador Antonio Donato (PT) e o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindisep), Sergio Antiqueira, discutiram o espetáculo midiático em torno de uma gestão turbinada por muita propaganda, mas esvaziada de ações concretas.

Doria-Huck e a decadência moral de FHC

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A entrevista de Fernando Henrique Cardoso à Folha é algo que, quando lhe forem escrever a biografia, será rapidamente tratada, ao final, quando seu biógrafo cuidar da decrepitude intelectual e moral que passou a acometê-lo.

É um anticlímax, depois dos capítulos onde se cuidar de sua transmutação político-ideológica, desde os anos 90, que lhe daria um lugar na galeria dos grandes traidores da esquerda brasileira.

Porque, se tratada de maneira mais estendida, sua promoção da chapa Doria-Huck, tiraria, até, todo o interesse pelo personagem, que se reduziria a um oportunismo eleitoreiro rastaquera, dissolvedor de qualquer aspecto filosófico da conversão do antigo pensador desenvolvimentista em mascate do patrimônio nacional.

Lula quer o depoimento ao vivo

Veja e IstoÉ vestem Moro de tucano

Do blog Viomundo:

As revistas Veja e IstoÉ apresentaram na capa o juiz Sergio Moro vestido, apropriadamente, nas cores do PSDB. Lula, no vermelho anarco-sindicalista.

Veja bem, caro leitor: não foi o Conversa Afiada quem definiu assim. Nem o blog da Maria Frô.

Estamos falando em revistas financiadas pelo establishment que pretende prender Lula.

Ora, se é Moro vs. Lula, quem fica no papel de juiz?

Ah, não tem juiz isento e imparcial! Portanto, é lawfare, como vem denunciando a defesa de Lula.

Insanidade golpista: Chamem o doutor Pinel

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Francisco Matarazzo, figura dominante da Fiesp nos anos 20 e 30 do século passado, além de dono de um terço do Porto de Santos (a lembrança talvez desperte a inveja de Michel Temer), costumava empregar crianças de 12 e 13 anos. Com gesto piedoso, punha-as diante de máquinas de tamanho menor, adequado às suas estaturas. Quando Getúlio Vargas deu início a uma legislação social que desaguaria na Consolidação das Leis do Trabalho, tratava de acabar de vez com situações como esta.

O vídeo patético de Moro aos fãs de Curitiba

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Moro encontrou uma maneira de lavar as mãos diante da enorme possibilidade de quebra-quebra em Curitiba no dia 10, quando Lula lhe prestará depoimento.

Gravou um vídeo, postado na conta do Facebook que sua mulher criou em sua homenagem, falando que queria transmitir um recado.

Começa com uma mentira relativa a seu uso e abuso das redes sociais — “não costumo fazer isso” — e termina com um boa noite.

Esquerda: isolamento ou capitulação?

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

Uma derrota como a do golpe de 2016 provoca obrigatoriamente muitos balanços e debates. Mas, vista na perspectiva do final do período, corre-se o grave risco de se perder o significado de todo o processo e de se deixar abater por perspectivas catastrofistas e derrotistas.

A necessária busca das razões do golpe não pode, em primeiro lugar, deixar de lado, antes de tudo, os motivos pelos quais, contra muitas evidências, esse período foi possível e representou avanços fundamentais para o povo brasileiro e para o país. Sem esta referência, se subestimará tudo o que se viveu, não se aprenderá com as experiências, especialmente em relação aos avanços, e se deixará passar a visão de que no fundo tudo foi um fracasso e se trataria de buscar as razões e os responsáveis por isso.

Um Congresso contra a democracia e o povo

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

O Congresso brasileiro - Câmara dos Deputados e Senado - na sua expressão majoritária, investe contra a democracia e contra o povo. Se no passado, baionetas, fuzis e tanques eram os protagonistas da violência contra a liberdade e os direitos, nos tempos atuais parece que os parlamentos requereram a si a tarefa de agredir a democracia e os cidadãos. Já foi amplamente discutido o papel golpista cumprido pelo Congresso brasileiro na deposição da presidente Dilma e na ascensão do governo corrupto e ilegítimo de Temer.

Certa esquerda quer surfar na Lava-Jato

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                            

Penso que cometem um grave equívoco pessoas ligadas ao campo democrático e de esquerda que insistem em enxergar pontos positivos na Lava Jato. Orgulhosamente me situo entre aqueles que não reconhecem nenhum mérito em uma operação judicial-policial midiática que fomentou um golpe de estado, desempregou milhões de trabalhadores, devastou a economia, fez tábula rasa do Processo Penal e do Código de Processo Penal, submete investigados à tortura psicológica para arrancar delações e não respeita a presunção de inocência. Corrupção não se combate através da violação sistemática da Constituição.

Os desafios da França com Macron

Editorial do site Vermelho:

A França escolheu neste domingo (7) entre dois candidatos conservadores o presidente da República para os próximos cinco anos. Votou entre a direita do banqueiro Emmanuel Macron e a extrema-direita de Marine Le Pen.

Macron venceu por uma margem de 65% dos votos. A vitória foi numericamente grande. Mas é frágil: quase metade dos eleitores votaram nele como um mal menor ante a ameaça da vitória da extrema direita. Pesquisas mostram que 43% de seus eleitores o escolheram para evitar a eleição de Le Pen, e apenas 16% apoiaram seu programa.

Doze homens suspeitos e crise da democracia

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou, quarta-feria à noite (3/5), a contrarreforma da Previdência proposta pelo governo Temer. A matéria ainda será levada ao plenário da Câmara e ao Senado. Mas os antecedentes da votação de ontem nos ajudam a abordar algo pouquíssimo examinado no Brasil – inclusive pelos partidos de esquerda. A velha democracia está moribunda. Seu mecanismo essencial, o sistema de representação, converteu-se numa farsa. Os supostos “representantes do povo” são hoje uma casta política, que não presta contas à sociedade e vive de favores do grande poder econômico – com a providencial cumplicidade da mídia.