domingo, 17 de abril de 2016

#ForaCunha, o chefe da máfia golpista!

Por Altamiro Borges

Com a aprovação do impeachment de Dilma, o correntista suíço Eduardo Cunha, o chefão da máfia golpista, tentará agora um novo lance de ousadia: escapar da sua própria cassação. Neste esforço, ele tem a ajuda das putrefatas bancadas do PSDB, DEM, PPS e SD, entre outras legendas compostas de moralistas sem moral, e da mídia “privada” – nos dois sentidos da palavra. Nas últimas horas, cresceu a boataria de que este pacto mafioso já orquestra uma saída “honrosa” para o lobista. Após ter obrado todo o trabalho sujo, ele renunciaria ao seu cargo de presidente da Câmara Federal e, como compensação, teria seu mandato de deputado federal preservado. Os midiotas que festejam o “Fora Dilma” terão que se olhar no espelho, como já advertiu o escritor Luis Fernando Veríssimo.

Empresários apresentam 'pacote do golpe'

Por Altamiro Borges

Em suas mansões ou restaurantes luxuosos, a elite empresarial brasileira deve estar em êxtase com a aprovação do impeachment de Dilma. Afinal, ela é a grande vitoriosa deste vergonhoso golpe na democracia. Os deputados são apenas os seus serviçais e os “midiotas” da chamada classe média são somente a sua massa de manobra. Caso a farsa seja confirmada pelo Senado Federal, em votação prevista para 11 de maio, a burguesia internacional e colonizada dará um passo importante para impor o seu plano regressivo e destrutivo ao Brasil. Será a revanche neoliberal! O “pacote de maldades” inclusive já está no forno, conforme divulgou neste sábado (16) a Folha tucana.

Greve geral contra o golpe. Já!

Por Altamiro Borges

Numa sessão deprimente, que entrará para a história como um dos momentos mais tristes da frágil democracia brasileira, a Câmara dos Deputados aprovou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Um “consórcio de bandidos”, liderado pelo correntista suíço Eduardo Cunha – com muitos deles falando de forma leviana “em nome de Deus” –, assaltou 54,5 milhões de votos e deu o primeiro passo para a formação do ilegítimo governo de Michel Temer, o Judas que não conta com 1% de credibilidade na sociedade. O golpe, porém, teve o seu contraponto. Neste domingo (17), milhares de pessoas saíram às ruas em defesa da democracia e dos direitos sociais. Os protestos revelam que estão sendo criadas as condições para a decretação de uma greve geral no Brasil.

A hora da escolha: Dilma ou Temer/Cunha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hoje, no final da votação do pedido de impeachment, o Brasil estará diante de um novo destino - cujo traçado final será resolvido pelos 513 deputados federais. Não será um desenho definitivo, até porque a história é um movimento perpétuo, que admite avanços e retrocessos, que refletem as insondáveis motivações da luta política e da alma humana.

Se, como acredito, a tentativa de encerrar o mandato de Dilma for derrotada, a principal instituição de uma democracia - o respeito pelo voto popular - terá sido preservada.

Merval Pereira, enfim, a confissão

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Na coluna deste domingo (17/04) a confissão de Merval Pereira. O impeachment é o terceiro turno para empossar quem não recebeu voto nas urnas.

Para quem ainda tinha dúvidas de que toda esta campanha de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, sem que lhe apontassem um real crime de responsabilidade, nada mais é do que a longa luta da oposição pelo terceiro turno, a coluna de Merval Pereira neste domingo (17/04) coloca os pingos nos iiii.

Golpistas já articulam anistia para Cunha

Da revista Fórum:

Deputados federais já articulam uma anistia ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) seja aprovado neste domingo. Cunha responde a processo no Conselho de Ética da Casa por ter mentido à CPI da Petrobras em março de 2015, quando afirmou que não tinha contas em paraísos fiscais.

Os articuladores da anistia argumentam que o papel de Cunha como condutor dentro da Câmara do processo de cassação do mandato presidencial justifica que ele seja poupado por seus pares. “Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado”, defende Osmar Serraglio (PMDB-PR). “Outro deputado qualquer não teria resistido às pressões do Palácio do Planalto. Vamos salvá-lo”, explica o deputado Dirceu Sperafico (PP-PR).

A decisão será por margem estreita

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

As última 48 horas foram de intensas mudanças e articulações no cenário político. Até o meio da tarde de sexta-feira (dia 15), a contabilidade dos votos mostrava que o pêndulo se inclinava decididamente em favor do golpe de Temer/Cunha.

Mas àquela altura, os governadores do Nordeste já trabalhavam freneticamente nos bastidores, para virar votos em favor da democracia. E isso deu resultados.

Governo virou a noite em vantagem

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A volatilidade dos votos na Câmara foi altíssima nas últimas 36 horas, recomendando que nenhum dos lados da encarniçada luta política entrem hoje no plenário com ares triunfantes, como fez a oposição na sexta-feira.

Mas governo, petistas e aliados viraram a noite com aparente vantagem, certos de que, salvo a ocorrência de baixas significativas hoje, antes do início da votação, conseguirão derrotar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A opinião pública no calor da hora

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Concluída na terça-feira 12, a mais recente pesquisa do instituto Vox Populi, encomendada pela Central Única dos Trabalhadores, mostra de que maneira a opinião pública avalia o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff às vésperas da decisão da Câmara dos Deputados.

Não é o passo derradeiro, pois tanto o Senado quanto, parece, o Supremo Tribunal Federal ainda terão o que dizer. Mas é um momento importante na longa crise política atravessada pelo País.

Por que o impeachment não passará

Por João Carlos Gonçalves (Juruna)

Em 24 horas, o Câmara dos Deputados mudou e um alinhamento com a luta de trabalhadores de todo o País começou a acontecer. O ufanismo que cantava vitória antecipada subiu no telhado. A crista da mídia que já dava como favas contadas a deposição da presidente Dilma Rousseff e de todo o arco de forças que a sustenta baixou.

A luta está aberta, mas as expectativas estão sensivelmente mais equilibradas, com chances concretas retomadas pelo governo de vencer o golpe contra o mandato presidencial obtido nas urnas, em eleições democráticas e legítimas.