terça-feira, 16 de junho de 2015

Fator previdenciário e o oportunismo

Por Altamiro Borges

No embate em curso sobre o fator previdenciário, o PSDB é o único partido que não tem moral para falar qualquer coisa. Tudo o que disser sobre o assunto será puro cinismo. Afinal, a atual regra que penaliza milhões de aposentados e pensionistas foi imposta pelo ex-presidente FHC. Ela golpeou antigos direitos dos trabalhadores com o único objetivo de elevar o superávit primário – nome fictício da reserva de caixa para pagar juros aos banqueiros. Na campanha do ano passado, Armínio Fraga, anunciado previamente como o “tzar da economia” do cambaleante Aécio Neves, chegou a pregar maior arrocho na Previdência. Derrotados no pleito, os tucanos agora apostam no “quanto pior, melhor” e até votaram pela mudança no fator previdenciário. Baita oportunismo!

Fator previdenciário desgasta Dilma

Por Altamiro Borges

No seu primeiro mandato, o governo Dilma Rousseff negociou com as centrais sindicais mudanças no “fator previdenciário”, criado no reinado de FHC com o objetivo de reduzir as aposentadorias e as pensões e elevar o tal “superávit primário” – nome fictício da reserva de caixa dos banqueiros. A proposta formulada pelo Palácio do Planalto foi exatamente a que instituía a fórmula 85/95, que combina tempo de contribuição e idade, mas a negociação não avançou. Em maio passado, porém, a mesma proposta foi aprovada “no susto” pelo Congresso Nacional. Até o PSDB, criador do monstro, votou no projeto com a nítida intenção de desgastar o governo. Diante desta sinuca de bico, Dilma ameaça agora vetar a nova regra, o que lhe causará forte desgaste entre os trabalhadores.

Mamberti e os 'black blocs' da mídia

Por Altamiro Borges

O ator Sérgio Mamberti, com 60 anos de carreira e respeitado por sua visão humanista, é o novo alvo da campanha de ódio nas redes sociais. Desde quinta-feira passada (11), ele tem sido infernizado por inúmeros fascistóides. Como em outros casos, a onda foi deflagrada por "celebridades" da mídia. Rachel Sheherazade, a "capanga" do SBT e da rádio "Klu Klux Pan", foi a primeira a manipular um vídeo em que o ator comentava a ofensiva conservadora no Brasil. Na sequência, outros jagunços da imprensa, como Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes – ambos da asquerosa Veja –, reforçaram o coro marcatista. A partir destes "black blocs" midiáticos, a campanha de ódio se espalhou pela internet.

Tucanos tentam golpe contra Petrobras

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Tempos realmente sombrios!

Os tucanos não perdem tempo.

E quando falo em tucanos, refiro-me a tucanos de todos os partidos, inclusive do PT (caso do senador Delcídio Amaral).

O negócio é aproveitar a fragilidade do governo para detonar a Petrobrás.

Lula e o suicídio dos filisteus

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Quando Fernando Henrique Cardoso deixou a Presidência da República, o Banco Itaú forneceu-lhe de graça a sede do Instituto que acabava de criar e lhe doou 2 milhões de reais. Outras importantes empresas cuidaram de atapetar suavemente o futuro do ex-presidente, entre elas, Camargo Corrêa (doação de 7 milhões), Odebrecht, Klabin e Gerdau. Sem contar a Sabesp, empresa pública em mãos tucanas (500 mil).

Eduardo Cunha atropela Aécio e Alckmin

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Os fatos se atropelam: pode parecer absurdo, mas a corrida pela sucessão presidencial já começou, menos de seis meses após o início do novo governo. Surfando no comando da onda conservadora que assola o país, sai na frente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que já se lançou ostensivamente em campanha, ao propor o rompimento do PMDB com o PT e se aliar ao PSDB na CPI da Petrobras.

A mídia e as raízes da barbárie

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

A receita é conhecida: pega-se um crime especialmente chocante, destaca-se a notícia de modo a fazer parecer que se trata de uma situação recorrente, agita-se a ideia de impunidade e está criado o clima adequado para uma campanha. No caso, a campanha pela redução da maioridade penal, que sempre esteve latente e ganhou força desde que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda constitucional nesse sentido, em fim de março deste ano.

O Globo e o verdadeiro preso político

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Leopoldo López está preso na Venezuela há um ano e cinco meses. Albert Woodfox está preso há 43 anos em uma solitária nos EUA. Um é um criminoso e corrupto e o outro é um preso político. A mídia hegemônica, como sempre, assassina a verdade em nome dos seus interesses de classe.

O coxinha golpista

Leopoldo López é um homem rico, de uma rica família ligada ao setor industrial e petrolífero venezuelano. Formado em Havard, é líder de grupos de extrema-direita venezuelana e explicitamente um pau mandado de Washington. Em 2002, foi um dos incentivadores do golpe que tentou afastar o presidente eleito Hugo Chávez do poder. Em 2008, como prefeito de Chacao, foi condenado por mau uso de recursos públicos.

Espaço público vital para a democracia

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Há anos, no litoral paulista, havia me acostumado, quando estava por lá, a sintonizar a Rádio JB AM, do Rio. Noticiário sóbrio e equilibrado com música de qualidade marcavam a programação. Um belo dia, liguei o rádio e na mesma frequência da JB um pastor me ameaçava com o fogo do inferno. A rádio tinha novos “donos”. Mais de duas décadas depois, a história se repete. Quem um dia ouviu pela Rádio Eldorado de São Paulo o Concerto do Meio-Dia, tendo como prefixo a composição de Prokofiev,Pedro e o Lobo, seguida do também sóbrio Jornal de 30 minutos, hoje ao sintonizar os 700 KHz AM ouve vozes melífluas pedindo dinheiro em troca do reino dos céus.

Sergio Moro dá razão a Vaccari

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O novo pedido do Ministério Público para a prorrogação da prisão preventiva de João Vaccari Neto na carceragem de Curitiba permitirá aos brasileiros acompanhar a coerência das ideias e da postura do juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pela Lava Jato.

É possível que, no momento em que você lê estas linhas, Moro já tenha dado sua decisão. Minha opinião é que o Ministério Publico venha a ser atendido e Vaccari continue apodrecendo na prisão, sem que existam provas para ser incriminado, sem uma sentença judicial que justique o encarceramento por um período que já dura dois meses. O problema é que, num artigo acadêmico de 2001, disponível na internet, o próprio Moro oferece argumentos que mostram por que Vaccari e boa parte dos presos da Lava Jato devem ser soltos imediatamente.

A violenta herança da questão agrária

Por Vitor Bukvar Fernandes e Roberto Resende Simiqueli, no site Brasil Debate:

“Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados. Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Descendentes de escravos e de senhores de escravos seremos sempre servos da malignidade destilada e instalada em nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria. A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista.”

Darcy Ribeiro, O Povo Brasileiro


Em nome de deus vale tudo

Por Renato Rovai, em seu blog:

A Folha de S. Paulo publicou ontem um editorial contundente contra o discurso fundamentalista adotado por Eduardo Cunha na presidência da Câmara Federal. O título, Submissão, que faz referência ao polêmico livro de Michel Houellebecq, é ao mesmo tempo uma citação direta ao comportamento adotado pela quase totalidade da mídia, pelos principais partidos políticos e por razoável espaço da intelectualidade.

Cunha: o nome expressa a função

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Quando um personagem encarna uma correlação de forças adversa e o faz de forma tão desabrida a ponto de soar caricatural, é comum catalisar a resistência e a rejeição do polo oposto.

Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, carrega no nome a função que lhe coube na história. No universo militar, ‘cunha’ define uma ação sabotadora preliminar. ‘Consiste em introduzir em território inimigo soldados, espiões ou comandos especiais’, diz o dicionário Caldas Aulete.

O lugar da mídia no debate político

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Nos últimos anos, as consecutivas vitórias eleitorais de uma coalizão de centro-esquerda no país levaram ao acirramento da disputa política nacional, com a elevação do tom oposicionista que parcela majoritária da mídia no Brasil assumiu diante do governo.

A cada derrota eleitoral e diante de uma direita desorganizada partidariamente, sem um centro político de liderança, a mídia assumiu o papel não de porta-voz dos setores conservadores e da elite econômica nacional, mas de organizadora e liderança da direita, pautando os temas em debate e indo além: editoriais de alguns jornais chegaram, ao longo deste período, a dar recados e passas-moleques em suas próprias lideranças.

Futebol despenca em audiência na Globo

Por Altamiro Borges

O site especializado Notícias da TV, editado por Daniel Castro, registrou nesta segunda-feira (15) que a transmissão do futebol na TV Globo teve sua pior audiência nos últimos três anos. "A partida contra a Chapecoense, no sábado, rendeu ao São Paulo a liderança no Campeonato Brasileiro. Para a Globo, no entanto, foi a pior audiência do futebol nacional em três anos na Grande São Paulo. Os 11,5 pontos do jogo só superam os 10,5 de Cruzeiro x São Paulo, em 30/6/2012". Mantida esta tendência de queda no Ibope, os filhos de Roberto Marinho – que não têm nome próprio, segundo o blogueiro afiado Paulo Henrique Amorim – poderão em breve aprontar ainda mais contra o futebol brasileiro.