domingo, 31 de maio de 2015

Futebol e o ninho de ratazanas

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A imprensa brasileira se regozija com a prisão, na Suíça, do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, por conta das investigações de autoridades americanas sobre corrupção na organização internacional do futebol profissional. Nas edições de sexta-feira (29/7), um dos destaques é a fuga do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que deixou a conferência da Fifa em Zurique e preferiu se refugiar no Brasil.

A mão que ajuda o fascismo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Imagine você que na quarta-feira passada eu me encontrava no café da Câmara de Deputados, quando apareceu um dos líderes do PSDB, conhecido de várias entrevistas e conversas civilizadas. Ao reparar que eu tinha um livro aberto, perguntou do que se tratava. Mostrei: era a edição, em espanhol, de “O Fascismo e a marcha sobre Roma” reportagem histórica de Emilio Gentile sobre o assalto ao poder comandado por Benito Mussolini, em 1922, na Itália.

As crises e a geopolítica do capitalismo

Por Umberto Martins, no site Vermelho:

A radicalização da luta de classes e dos conflitos internacionais é a marca mais saliente do momento histórico que vivemos. Transparece na guerra civil da Ucrânia, por trás da qual há uma guerra ainda fria entre EUA e Rússia; nas lutas sociais e políticas que sacodem a Europa; nas tensões no Mar da China; nos conflitos instigados pelo imperialismo no Oriente Médio e também na ofensiva das forças conservadoras na Venezuela, no Brasil e na Argentina.

Dilma corta recursos da reforma agrária

Por Maura Silva, no site do MST:

Os cortes anunciados pela equipe econômica do governo federal no último dia 22/05, um contingenciamento de quase R$ 70 bilhões no orçamento da união para 2015, tendem a estagnar ainda mais o processo da reforma agrária no país.

Cerca de 53.3% dos recursos discricionários, ou seja, aqueles que são priorizados pela própria pasta, foram contingenciados. Esse montante resultou na redução de 49.4% nas dotações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para este ano.

Ricardo Teixeira, homem-bomba da Globo

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Anos 2000. A International Sport and Leisure (ISL) corre o risco de falir. A empresa havia sido criada por Horst Dassler, o magnata alemão herdeiro da Adidas. Foi o homem que ajudou a inventar o marketing esportivo: assumir um evento, empacotar comercialmente e vender a emissoras de televisão, já com os patrocinadores definidos.

Manipulação e a especulação financeira

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A informação, recentemente divulgada, de que o Real teve sua cotação descaradamente manipulada, por bancos que acabam de ser multados em 5,6 bilhões de dólares por fraude cambial nos Estados Unidos, corrobora aquilo que sempre se afirmou nos meios mais nacionalistas, e que é ridicularizado e tratado como uma fantasia esquerdista pelo público conservador e de extrema direita: A economia brasileira é constantemente pressionada e manipulada, institucionalmente, por parte do chamado sistema financeiro internacional.

Imposto de renda e ajuste fiscal

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

O lema do momento, no Planalto, é o “ajuste”. O problema é este: quem o ministro da Fazenda quer ajustar? Pelo jeito, como diz a plebe, “é nóis”. E só.

Não sou nenhum especialista em tributação. Longe disso. Talvez por isso ainda não tenha entendido porque é que temos uma regra para extorsão de Imposto de Renda como essa que temos. Não usei o termo “extorsão” por acaso. É uma gracinha que faço para os picaretas que inventaram o “impostômetro” e outros picaretas que na mídia berram contra a “carga fiscal” que “os brasileiros” pagam. Quem paga, cara pálida? E quem deveria pagar? Essas são as questões relevantes.

Como libertar o futebol da Globo?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

De repente, nos tornamos conscientes de como temos sido manipulados durante todos esses anos por institutos de pesquisa.

(Aliás, sempre é bom lembrar que a única pesquisa confiável é o voto, porque apura a opinião de 140 milhões de brasileiros, e não de apenas 2.000).

Nenhum instituto de pesquisa jamais fez as perguntas:

Futebol e a democratização da mídia

Por Breno Altman, em seu blog:

A ideia é simples, de inspiração argentina.

1. O governo amplia o orçamento da TV Brasil, nossa ainda mirrada companhia pública de televisão, em algo entre 800 milhões e 1,2 bilhão de reais.

2. O governo negocia com os clubes e a CBF que somente haverá negociação da dívida fiscal se a TV Brasil tiver opção preferencial para compra dos direitos de transmissão de todas as séries do campeonato brasileiro de futebol e dos jogos da seleção.

sábado, 30 de maio de 2015

A Receita tem medo de falar na Globo?

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na Folha, a Receita Federal diz que investiga fraudes no futebol brasileiro há mais de uma década.

Diz que foram feitas três operações especiais desde 2002, em que foram investigadas 96 pessoas e empresas ligadas ao futebol no país. Essas auditorias resultaram na cobrança de R$ 4,47 bilhões em tributos, multas e juros.

Mas contra quem, pessoas físicas e empresas, a Receita silencia, alegando sigilo fiscal.

"Direitos negados" será lançado no RJ

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:



O livro 'Direitos Negados - um retrato da luta pela democratização da comunicação', recentemente publicado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, será lançado no Rio de Janeiro no dia 11 de junho. Na atividade, agendada para às 18h30, na Livraria Antonio Gramsci (Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo - Cinelândia) a Secretária-Geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e organizada da obra, Renata Mielli, participará de um debate com o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcos Dantas e o cientista político Theófilo Rodrigues.

A corrupção padrão Fifa-Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

A Rede Globo sempre teve uma relação umbilical com todos os presidentes da CBF.

Isso vem dos tempos da CBD, do mandachuva João Havelange.

Alguém se lembra de alguma reportagem da emissora sobre roubalheira no mundo do futebol?

A empresa dos Marinho fez alguma denúncia séria sobre passagem de Ricardo Teixeira pela CBF?

O jogo de coerção do juiz Sergio Moro

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Por Patricia Faermann, no Jornal GGN:

Apontado como um dos 11 lobistas ligados à Diretoria de Serviços da Petrobras, o empresário Mário Frederico Mendonça Góes desabafou durante uma audiência com o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução da Operação Lava Jato. "Eu estou ficando fraco, cada vez mais", disse, chorando. A audiência foi marcada para pedir a conversão da sua prisão preventiva para domiciliar devido a problemas de saúde do acusado. O advogado de Góes deixa claro que o réu não falaria sobre as acusações naquele momento, e que aguardaria para a defesa no inquérito. Após a demonstração de fragilidade do empresário, Sergio Moro inicia um diálogo afirmando que, se Góes colaborasse, seria analisada a revogação da prisão preventiva.

A dobradinha Gilmar Mendes-Eduardo Cunha

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Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

Se for definitivamente aprovada pelo Congresso a emenda constitucional que vai condenar o país a uma convivência forçada e duradoura com o financiamento empresarial de campanhas eleitorais, será graças a manobras de duas personalidades com grande dificuldade de conviver com o contraditório: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o ministro Gilmar Mendes, do STF.

Venício Lima lança novo livro

Do site do FNDC:


Em ensaios sobre políticas públicas de comunicação, mídia e política e liberdade de expressão, autor investiga a questão da comunicação social no Brasil.

A comunicação e a defesa da liberdade de expressão são temas recorrentes em toda a obra de Venício A. de Lima. Em seu novo livro, composto de vinte ensaios, ele se aprofunda nessas questões para trazer à reflexão outro conceito tão caro a todos: a democracia.

Globo esconde sociedade de J. Hawilla

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Ao noticiar o escândalo de corrupção internacional de subornos no futebol que levou à prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, o Jornal Nacional da TV Globo omitiu informações relevantes ao telespectador.

A começar pelo fato de J. Hawilla ter sido diretor de esportes da própria Rede Globo em São Paulo – tendo sido antes repórter de campo – e já nessa época, começou paralelamente a comercializar placas de publicidade em estádios. Ali nascia o empresário com forte ligação com a emissora.

Syriza e Podemos estão em xeque

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:

Escrevo de Atenas, onde me encontro a convite do Instituto Nicos Poulantzas para discutir os problemas e desafios que enfrentam os países do sul da Europa e as possíveis aprendizagens que se podem recolher de experiências inovadoras tanto na Europa como noutras regiões do mundo. Convergimos em que o que se vai passar nos próximos dias ou semanas nas negociações da Grécia com as instituições europeias e o FMI serão decisivas, não só para o povo grego, como para os povos do sul da Europa e para a Europa no seu conjunto.

As ligações entre J. Hawilla e a Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As reações de personagens que de alguma forma rodeiam o mundo Fifa são extraordinárias.

Del Nero, presidente da CBF, deu o fora da Suíça, em meio ao congresso da Fifa que vai eleger provavelmente Blatter para mais um mandato.

Ele viu o que aconteceu com seu amigo e antecessor Marin, e achou melhor não dar chances para o azar.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

A balada de pequeno Kim Kataguiri

Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

Em meio à histeria ideológica que se estabeleceu como agente político no contexto de passeatas nacionais mais ou menos frustradas, o reacionarismo antipetista regurgitou uma liderança improvável: o jovem Kim Kataguiri, um ex-estudante de economia de 19 anos, um foragido da faculdade sob alegada justificativa de que os professores, vejam só, sabiam menos do que ele.

Fascistas agridem leitor da CartaCapital

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

Quando embarcou em um voo em Porto Alegre rumo a Brasília, na manhã de quarta-feira (27), o comerciante Elbio de Freitas Flores, de 65 anos, não suspeitava que a escolha de uma leitura para a viagem iria provocar uma agressão inusitada. Quando o avião aterrisou em Brasília, um grupo de cerca de 20 pessoas, localizadas na parte de trás do avião, começou a entoar gritos contra Dilma, Lula e o PT. Esse grupo estava chegando em Brasília para participar do ato liderado pelo Movimento Brasil Livre pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A verdadeira “coluna Aécio”

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os manifestantes que caminharam de São Paulo a Brasília para levar ao Congresso Nacional um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foram reforçados por caravanas transportadas por ônibus de Goiás, Minas Gerais e outros Estados, além de alguns que preferiram viajar de avião. A maioria deles aderiu à marcha a quatro quilômetros da Praça dos Três Poderes. Eram, ao todo, cerca de 300 a 400 participantes. Os caminhantes eram doze.

Eduardo Cunha violou a Constituição

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Apareceu um obstáculo intransponível à votação de quarta-feira, quando 330 parlamentares refizeram a decisão da véspera para aprovar uma PEC dizendo que “é permitido aos partidos receber doações em recursos financeiros ou de bens estimáveis em dinheiro de empresas privadas de pessoas físicas ou jurídicas.” Em outro parágrafo, a mesma PEC votada na quarta-feira autoriza os candidatos a receber diretamente o mesmo tipo doação.

'Época' ignora greve e bajula Alckmin


"O Ensino, cada vez melhor" ;“Qualidade e bom desempenho”. Essas são as definições dadas para a Educação em São Paulo em publicidade de 10 páginas publicada pela Revista Época dessa última semana de maio. O curioso é que nesta mesma semana a brava greve do professores estaduais, que para o governo de São Paulo não existe, completa 70 dias. É importante lembrar que essa já é maior paralisação da história da categoria desde a década de 1980.

Marin, algoz de Herzog, enfim na cadeia

Randolfe Rodrigues, no blog Viomundo:

Copa de Ouro da Concacaf, 10 de fevereiro de 1998. A maioria da população, no Brasil e nos Estados Unidos, sequer via TV quando a Seleção Brasileira perdeu por 1 a 0 para a equipe norte-americana em um campo improvisado de Los Angeles, na Califórnia.

Foi a única derrota do Brasil em 18 jogos.

A nova cara da universidade brasileira

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

A universidade brasileira tem uma nova cara. E além disso, uma nova classe e uma nova cor.

Os programas educacionais desenvolvidos nos últimos 12 anos transformaram o país. O impacto das políticas de acesso à educação superior e ao ensino técnico são visíveis. Os números não nos deixam mentir:

Segundo informações do Portal Muda Mais, o ProUni (Programa Universidade para Todos) já beneficiou mais de 1,4 milhão de jovens desde 2005. Por meio do Fies foram formalizados mais de 1,6 milhão de novos contratos de financiamento estudantil. Vale lembrar ainda que 8 milhões de jovens já puderam se profissionalizar pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e 83,2 mil brasileiros receberam bolsas para estudar no exterior pelo Ciência sem Fronteiras, lançado há 3 anos.

Fascistas agridem deputados em Brasília

Que vexame! O fracasso dos marchadeiros

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Eles programaram uma entrada triunfal em Brasília, esperando reunir pelo menos 40 mil pessoas nesta quarta-feira, ao final da "Marcha pela Liberdade", organizada pelo Movimento Brasil Livre, que saiu de São Paulo e levou 33 dias para percorrer 1.175 quilômetros a pé, com o objetivo de protocolar um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A falta de reação de Dilma

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O cenário econômico para os próximos meses continua desafiador.

Segundo pesquisa Ibope divulgada ontem, as expectativas negativas dos consumidores bateram no ponto mais baixo, em níveis similares aos do pré-real. Tinha-se na época a inflação como o grande inimigo e a bala de prata na agulha: o próprio Plano Real.

Celso Amorim: o chanceler otimista

Por Bruno Pavan, no jornal Brasil de Fato:

Do dia 1o de janeiro de 2003 a 1o de janeiro de 2011, Celso Luiz Nunes Amorim foi umas das principais vozes, o rosto e a presença brasileira fora do território tupiniquim. Sob seu comando, a política externa brasileira seguiu um caminho claro e ousado: ser ativa e altiva.

“Ativa porque o Brasil não ia temer tomar ações e iniciativas, e altiva porque nós não íamos nos submeter a agendas traçadas por outrem se nós não concordássemos”, explicou nessa entrevista exclusiva aoBrasil de Fato, em seu apartamento no Rio de Janeiro.

Sonegação é detalhe na mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Embora todas as estimativas digam que o Brasil perde muito mais com a sonegação de impostos – RS$ 415 bilhões, estima-se, no ano passado do que com a corrupção - cálculo de até R$ 100 bi, em 2012, segundo a Fiesp – as iniciativas para combater a evasão de tributos são tratadas quase que com indiferença.

Aliás, quase silêncio, se comparado às malfeitorias de Paulo Roberto Cunha, Alberto Youssef e outros na Petrobras.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Logomarcas dos doadores de campanha

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Truco? Seis! A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta (27), a previsão constitucional de doações de empresas para partidos políticos. Foram 330 a favor, 141 votos contra e uma abstenção.

Isso ocorreu após uma jogada do presidente da casa, Eduardo Cunha, inconformado com a derrota que sofreu na madrugada de quarta, quando a emenda que tornava constitucional a doação empresarial para campanhas eleitorais não foi aprovada.

Veja admite que não gosta de democracia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Olha só até onde desce o nível do esgoto.

Um grupo de professores universitários e juristas organizou uma petição para pedir o impeachment do governador Beto Richa, do PSDB.

A Veja descobriu que alguns deles são, pasmem, petistas!



Carta em defesa do Brasil e da democracia

Do site Carta Maior:

O pacto político e social da Constituição de 88 está sob um ataque de exceção. Contra a política, contra os partidos, especialmente do campo da esquerda, contra os movimentos sociais.

Este ataque representa a maior ofensiva organizada pelas forças políticas da direita e pelo oligopólio da mídia conservadora, desde 1968.

A luta contra a corrupção, que deveria atingir de forma indistinta e igual quem viola a legalidade e desmoraliza a política e o Estado, está sendo instrumentalizada por setores conservadores e foi colocada a serviço de um projeto autoritário de restauração de uma democracia restrita e de redução das funções públicas do Estado.

Marin: aqui se faz, aqui se paga

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

José Maria Marin (83) nasceu e cresceu no bairro paulistano de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Na juventude, foi jogador profissional de futebol e chegou a jogar no São Paulo Futebol Clube, como ponta-direita. Porém, foi um jogador medíocre.

Marin atuou em pequenos clubes paulistas como o São Bento de Marília e o Jabaquara. No São Paulo, sua carreira foi curta; disputou apenas dois jogos oficiais e marcou um gol. Vendo que não tinha futuro no esporte, estudou direito e, em 1963, entrou na política.

Política externa altiva incomoda a mídia

Foto: Felipe Bianchi/Barão de Itararé
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


Em palestra na noite desta quarta-feira (27), no centro de São Paulo, o ex-chanceler Celso Amorim fez um breve retrospecto de quando esteve à frente do Itamaraty e, mesmo em tom ameno, não poupou críticas à postura da mídia no período. “Quando um jornal inglês me chamou de 'o melhor diplomata do mundo', em referência a conquista brasileira em sediar a Olimpíada de 2016, um jornalista brasileiro me perguntou a razão do elogio”, relembra. “E eu respondi que era, provavelmente, porque eles não liam a mídia brasileira”.

Marin, Aécio e os paneleiros golpistas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Segundo a Justiça dos EUA, José Maria Marin recebeu propinas de 2 milhões de reais por ano de parceiros comerciais para a realização da Copa no Brasil quando presidente da CBF. Tentou ainda transferir para suas contas o dinheiro que era antes destinado a Ricardo Teixeira.

Na manhã de quarta, Marin era um dos detidos em Zurique, com outros seis cartolas da Fifa, a mando do FBI. O atual chefão da entidade, Marco Polo del Nero, tratou de atirar a bola no colo de outros. “Isso é algo antigo “, disse, corajoso. O secretário geral Walter Feldman, ex-coordenador de campanha de Marina Silva, conseguiu afirmar que as denúncias são “casos do passado” e que Marin tem hoje “papel decorativo”.

Ver TV discute regulação da mídia

Melhores memes sobre escândalo da Fifa

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Quem é que não sabia que havia corrupção no futebol mundial e no brasileiro em particular? Há anos ouvimos falar disso e nunca aconteceu nada. Até agora. Mas precisou que a Justiça de outro país, e não a do “país do futebol”, entrasse em ação para os responsáveis pela sujeira irem para a cadeia alguma vez na vida.

O fiasco da marcha pelo impeachment

Por Wanderley Preite Sobrinho, na revista CartaCapital:

Tinha tudo para os planos do Movimento Brasil Livre (MBL) darem certo. Primeiro, duas manifestações que, somadas, levaram mais de 2 milhões de pessoas às ruas pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff –segundo os cálculos generosos da Polícia Militar. Logo em seguida, a encomenda de um estudo feito pela oposição para validar juridicamente a cassação da petista. O apoio político e a comoção popular haviam criado o ambiente propício para o que foi vendido como uma manifestação arrojada, nova, diferente de tudo o que se tinha visto no Brasil desde os protestos de 2013. Como resultado, milhares de brasileiros vestindo verde e amarelo se juntariam ao MBL em uma caminhada de 1.175 quilômetros entre São Paulo e Brasília.

O contragolpe de Eduardo Cunha

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Da revista Fórum:

A votação da noite desta quarta-feira (27) foi muito contestada. Isso porque na noite da terça-feira (26), a proposta que tornava constitucional as doações de empresas a candidatos em campanhas eleitorais foi derrotada em plenário. Como se tratava de uma proposta de emenda constitucional, era necessário que conseguisse 308 votos, tendo atingido somente 264 votos, com 207 contrários e 4 abstenções.

O triunfo do ‘homo ordinarius’

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A maratona de votações na Câmara dos Deputados, em torno da mudança no sistema eleitoral, resultou exatamente naquilo que se podia esperar: nada. Um olhar sobre o noticiário dos dias anteriores, período em que a imprensa produziu uma fartura de especulações e contribuiu para conturbar o clima em Brasília, mostra que continua mais sábia do que nunca a sentença do Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada”. Em versão shakespeariana, pode-se dizer que novamente a imprensa fez “muito barulho por nada”.

Câmara avisa que tem patrão

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vamos combinar que assistimos, ontem, a uma suprema ironia do momento político brasileiro. Os líderes dos mesmos partidos que adoram subir a tribuna para elogiar o juiz Sérgio Moro e denunciar a corrupção na Petrobrás trabalharam sem descanso para preservar o sistema de aluguel dos poderes públicos que está na origem das irregularidades, desvios e abusos costumeiros do Estado brasileiro. Ignoraram uma campanha popular que recolheu 700 000 assinaturas no país inteiro para bater continência a quem assina seus cheques de campanha.

A manobra de Eduardo Cunha

Por Eliz Brandão, no site Vermelho:

Apesar da rejeição na terça-feira (26) do financiamento de campanhas eleitorais por empresas, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em uma manobra regimental feita na quarta (27), colocou novamente o tema em votação e conseguiu a sua aprovação. Foram 330 votos a favor, 141 votos contra e 1 abstenção e a emenda aglutinativa à PEC 182 – que permite os partidos receberem doações de empresas nas eleições, e repassarem os recursos para seus candidatos – foi aprovada.

Globo descobre a corrupção no futebol

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

No mini-editorial lido por William Bonner depois da cobertura do Jornal Nacional sobre o escândalo da FIFA, o Grupo Globo fez que não era com ele.

Nenhuma menção, obviamente, ao fato de que a empresa foi multada pela Receita Federal em mais de 600 milhões de reais por sonegar impostos na compra das transmissões das Copas de 2002 e 2006, tendo usado o artifício de montar uma front company (jeito chique de dizer empresa laranja) de nome Empire no refúgio fiscal das ilhas Virgens Britânicas.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Censor Aécio perde ação na internet

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves – que acaba de receber o carinhoso apelido de "arregão" dos seus ex-amiguinhos das marchas golpistas – sofreu mais um baque nesta semana. O senador tucano perdeu a ação judicial que move desde 2013 contra os sites de busca da internet – Google, Bing e Yahoo. No longo período em que reinou em Minas Gerais, ele se acostumou a censurar jornalistas e a comprar o silêncio da mídia com fartos recursos publicitários. Agora, porém, o censor Aécio Neves se deu mal.

Marin é preso na Suíça. Globo treme!

Por Altamiro Borges

A prisão de José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e de mais seis dirigentes da Fifa nesta quarta-feira (27), na Suíça, deve ter preocupado os chefões da Rede Globo. Os cartolas são acusados de envolvimento num bilionário esquema de corrupção, que envolve fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e “acordos de transmissão televisiva”. Segundo investigação do Departamento de Justiça dos EUA, que solicitou à polícia suíça a “operação surpresa” de detenção contra os gatunos, a máfia do futebol operava há 24 anos e desviou mais de US$ 100 bilhões.

PSDB dividido e sem "projeto de país"

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Quem colocou o dedo na ferida, expondo a divisão interna do partido, não foi nenhum bolivariano inimigo, mas o próprio vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, que enviou nesta terça-feira uma carta à direção da legenda na qual escreve com todas as letras o que está no título desta coluna:

"Nós não temos um projeto de país".

Que tal TVs voltarem a pagar ICMS?

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Em tempos de ajuste fiscal, quando se procura o equilíbrio entre a arrecadação e as despesas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encontrou-se com governadores e propôs incluir na agenda parlamentar o chamado pacto federativo. Na prática, os estados e municípios reclamam uma maior fatia do bolo dos impostos para si, reduzindo a fatia do governo federal.

Derrota de Cunha arrasta Gilmar Mendes

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A derrota de Eduardo Cunha na votação do fim dos partidos com o distritão já era esperada por este blog, porque representava, afinal, a manutenção do status-quo que levou esta camada de políticos ao Congresso.

Foi um lance de ousadia de quem tem muito poder, mas acreditava que o detinha totalmente.

Mas a derrota da inclusão do financiamento privado como cláusula constitucional, não, esta não era.

Primavera Árabe virou show de horror

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Prometeram-lhes a Primavera. Mas nenhuma flor brotou de seus cadáveres, a não ser as formadas pelas algas e organismos marinhos que cobrem os seus corpos no fundo do Mediterrâneo.

Disseram-lhes que haveria paz, justiça, progresso, conforto e liberdade. E em troca lhes deram o caos de que procuram fugir a qualquer preço, a guerra, a injustiça, a destruição, o medo, a opressão e a miséria, e atacaram, com seus aviões e navios e as bombas e balas de seus mercenários, seus países, suas lojas, suas escolas, seus consultórios, seus poços e suas fontes, seus campos de trigo, seus bosques de oliveiras, matando seus cavalos, suas vacas, suas ovelhas, e explodindo suas pontes e seus templos.

Financiamento empresarial é rejeitado

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de rejeitarem a adoção do sistema eleitoral majoritário, o distritão, os deputados derrotaram também na noite de ontem a proposta que transformava em norma constitucional o financiamento de campanhas com doações de empresas privadas e pessoas físicas, o que praticamente perpetuaria este sistema já existente, dificultando mudanças futuras.

Cunha, PSDB, DEM e Gilmar derrotados

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Em uma só noite, a proposta de reforma política conduzida com mão de ferro pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, terminou com derrotas acachapantes. As emendas que instituiriam a eleição por meio do distritão e constitucionalizariam as doações de empresas a candidatos foram rejeitadas.