segunda-feira, 17 de março de 2014

Futebol e a corrupção na mídia

Por Altamiro Borges

O jornalista Bob Fernandes publicou na sexta-feira (14), no sítio "Terra Magazine", uma bombástica entrevista com o atual presidente do Esporte Clube Bahia, Fernando Schmidt. Entre outros temas, o cartola aborda um verdadeiro tabu: o das relações promíscuas entre os clubes, as empresas de mídia e os repórteres esportivos. Ele não dá nome aos bois, mas confirma que a sujeira neste campo é pesada. Num país em que a Rede Globo comanda esta paixão nacional, inclusive impondo os horários das partidas, a entrevista até que poderia servir para investigar mais a fundo estas sinistras relações. 

Mídia perdida: 260 mil novos empregos

Por Altamiro Borges

Nas manchetes dos jornalões e nos ácidos comentários dos telejornais, o Brasil parecia prestes ao total colapso. A crise econômica já seria uma realidade e as demissões iriam disparar. Na tarde desta segunda-feira (17), porém, o Ministério do Trabalho divulgou os dados sobre o saldo dos empregos com carteira assinada em fevereiro passado: 260.823. O resultado é o segundo melhor para o mês da série histórica, sendo superado apenas por fevereiro de 2011 – quando o saldo foi de 281 mil vagas. Diante desta excelente notícia, os urubólogos da mídia estão desnorteados. Eles talvez temam pelo seu próprio emprego e por seus régios salários, já que só falam besteiras sobre a economia. Suas previsões não batem com a realidade.

Os jornais e o golpe militar de 1964

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Por Venício A. de Lima, no sítio Carta Maior:

In memoriam de João Baptista Franco Drummond (1942-1976)

Apesar de quase cinco décadas já haverem se passado, ainda existem aspectos a ser esclarecidos sobre a participação da mídia no golpe de 1º de abril de 1964. Que os principais grupos empresarias do setor apoiaram e articularam a deposição do presidente João Goulart está suficientemente documentado. Que eles conclamaram os militares a intervir na ruptura do processo democrático, idem [cf. nesta Carta Maior, “A grande mídia e o golpe de 64”].

PCC e a jogada eleitoral de Alckmin

Por Gisele Brito, na Rede Brasil Atual:

Desde o dia 27 de fevereiro, parte da imprensa dá detalhes de um plano de fuga de quatro líderes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Bandidos treinados para pilotar helicópteros iriam fazer o resgate. A história veio a público graças ao vazamento de uma investigação das polícias Civil e Militar e do Ministério Público de São Paulo. Após a revelação, o governo estadual pediu a transferência dos nomes investigados para o Regime de Detenção Diferenciado (RDD), onde os presos ficam 22 horas diárias em solitárias durante 60 dias. Para especialistas em segurança pública e comunicação ouvidos pela RBA, o estardalhaço em torno da suposta fuga fortalece a "marca" do PCC e é motivado pelo ano eleitoral.

Disputa eleitoral engole internet livre

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Por Bia Barbosa, no Observatório do Direito à Comunicação:

Atravessamos mais uma semana de debates na Câmara dos Deputados sem conseguir colocar o texto do Marco Civil da Internet em votação. Muita gente sequer entendeu como e por que, desta vez, foi o governo que pediu a retirada do projeto de pauta. Afinal, Dilma não apenas solicitou, em setembro de 2013, urgência constitucional para a votação do MCI – que obriga a Câmara a votá-lo para poder avançar em outras pautas – como também defende o atual relatório do deputado Alessandro Molon (PT-RJ). O problema é que o Marco Civil, como já ocorreu com vários outros projetos importantes para o país, entrou no redemoinho da disputa eleitoral de 2014.

Venezuela enfrenta "guerra econômica"

Por Luciana Taddeo, de Caracas, no sítio Opera Mundi:

Entre as casas humildes do 23 de Janeiro, comunidade popular de Caracas, trabalhadores erguem durante a manhã moradias no terreno cedido pela dona de uma casa demolida. Em breve, ela e duas outras famílias irão receber residências em melhores condições.

A maioria desses operário largou o emprego anterior e todos trabalham na brigada de construção de moradias e infraestrutura, em um dos projetos da Comuna El Panal 2021, que já construiu mais de uma dezena de moradias, substituiu metros de tubulação de esgotos e atua na construção de áreas esportivas.

Mentiras sobre o Marco Civil da Internet

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Estão circulando mensagens pela rede acusando o projeto do Marco Civil de querer implantar a censura e o controle do governo sobre a internet no Brasil.

Peraí, de que trem você tá falando, japonês? Vamos recapitular: a Câmara dos Deputados, novamente, está para votar esse projeto de lei que tende a ser um divisor de águas entre a internet que hoje conhecemos e o que querem fazer dela as operadoras de telecomunicações no Brasil. O documento é uma espécie de “Constituição'' da internet, uma carta de princípios que prevê os direitos dos usuários e deveres das prestadoras de serviço e do Estado.

Sobre crianças e mentes colonizadas

Por Lais Fontenelle, no sítio Outras Palavras:

No dia 15 de março comemorou-se o Dia Internacional dos Direitos do Consumidor. Nessa mesma data, em 1962, o então presidente dos EUA, John F. Kennedy, enviou uma mensagem ao congresso norte-americano chamando atenção da sociedade para garantias básicas, até então pouco conhecidas e negligenciadas como o direito de proteção contra propagandas e embalagens fraudulentas, o direito de escolha e informação frente aos produtos e o direito de ser ouvido.

FHC vice de Aécio: o exorcismo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Da coluna de hoje de Ricardo Noblat:

“ESTA PODERÁ vir a ser a eleição dos vices. Aquela onde o peso deles valerá tanto ou mais do que o peso dos candidatos a presidente. Na revista “Época” desta semana, o repórter Diego Escosteguy revela que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso talvez seja candidato a vice na chapa de Aécio Neves. FH de vice era um sonho alimentado por Aécio, apenas um sonho. Deixou de ser.


As bodas de sangue do golpe de 1964

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Estamos às vésperas dos 50 anos do golpe civil-militar de 1964. Para muita gente, entre eles o ministro Marco Aurélio Mello do STF, isso “foi um mal necessário”.

Com o discurso falacioso de que estava em construção no Brasil um “golpe comunista”, setores da elite nacional, em conluio com o Departamento de Estado dos Estados Unidos e CIA, mais o comando dos militares à época impuseram o fim da democracia no país.

Dirceu e o ódio da Veja

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Por Renato Rovai, em seu blog:

A capa de Veja desta semana repete a fórmula que a levou a ser processada por Luis Gushiken e cujo resultado foi proferido na última semana, uma condenação de 100 mil reais à família do ex-deputado, que não poderá tirar proveito da vitória por ter falecido em setembro do ano passado.

O mundo de Demétrio Magnoli

Por Thomas de Toledo, no sítio Vermelho:

Em artigo publicado no site da Folha de São Paulo no último sábado (15), intitulado “O mundo de Putin”, o comentarista da Globo, Demétrio Magnoli, aparenta viver em seu próprio mundo. No mundo que acredita existir, o “Ocidente” é um padrão ilibado de moral e promotor altruístico da liberdade, da democracia e dos direitos humanos. Mas a “civilização ocidental” que alcançou o “fim da história”, infelizmente sempre tem que lidar com párias.

A imprensa tem lado

Por Cátia Guimarães, no Observatório da Imprensa:

Os fatos não falam por si. Ao contrário do que ideologicamente prega o dito jornalismo profissional, o acontecido, ou dito, não se esgota nem se explica por ele mesmo. Mas tampouco pode ser ignorado ou subalternizado no trabalho jornalístico. Ainda que insuficientes como chave para a compreensão da realidade, os fatos precisam ser o ponto de partida da notícia. Mas parece que isso tem sido sistematicamente “esquecido”, ou oportunamente ignorado, por alguns grandes veículos de comunicação. Depois de uma cobertura escandalosa da morte de um cinegrafista em uma manifestação, o fenômeno volta a se repetir, com ingredientes muito semelhantes.

Venezuela: O tropeço dos EUA na OEA

Por Elaine Tavares, no jornal Brasil de Fato:

A guerra midiática contra o governo da Venezuela correu mundo, a partir das manifestações de opositores naquele país. Comparações absurdas com os conflitos na Ucrânia, imagens adulteradas, copiadas de outras situações, informações mentirosas, tudo o que é corrente quando o grande sistema dos meios de comunicação massiva quer prestar "bons serviços" ao governo imperial.

Gilmar Mendes será interpelado

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Após mais de um mês, finalmente chega ao fim uma verdadeira epopeia para reunir mais de duas centenas de pessoas dispostas a interpelar o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes por ter afirmado que os cidadãos que doaram recursos financeiros aos condenados pelo julgamento do mensalão estariam envolvidos em “lavagem de dinheiro”.

O Supremo fraudou a lei

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Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:
 

A reflexão em torno de um impeachment do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), não é mera picardia de petistas ou mesmo de advogados dos réus da Ação Penal 470, “o mensalão”, um julgamento no qual valeu tudo para alcançar a condenação dos acusados. É do interesse da própria Justiça.

A competição no mercado de mídia


Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O mercado de opinião tem características bastante semelhantes às de outros produtos de mercado.

Mais que isso, é ele quem dá voz às demandas e aspirações de grupos sociais. Quanto maior o número de grupos sociais representados, mais legítima é a democracia. E vice-versa.

A Batalha de Stalingrado pela internet

Por Evelize Pacheco, na revista Teoria e Debate:


Em entrevista à Teoria e Debate, o professor Marcos Dantas analisa os impactos da aprovação do projeto de Lei 2.126/11, conhecido como Marco Civil da Internet. Na luta pela neutralidade da rede, travada agora na Câmara dos Deputados, estão as grandes corporações transnacionais e a sociedade brasileira em torno do livre acesso à cultura e ao conhecimento. “Quem vencer essa batalha irá imprimir um roteiro para a internet daqui para a frente”, garante Dantas. Trata-se de um lance tão decisivo quanto a Batalha de Stalingrado, que determinou a derrocada das forças nazistas na Europa e fortaleceu a URSS, iniciando um novo desenho geopolítico pós-Segunda Guerra.